Memória Titulo COLUNA
O canteiro de obras de Paranapiacaba

O secretário do Meio Ambiente de Santo André relaciona o que está se fazendo na vila ferroviária

Ademir Médici
28/02/2019 | 07:00
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Memória defende uma tese, já aqui exposta várias vezes: não é possível pensar na ressurreição de Paranapiacaba sem a volta do trem de passageiros.

Melhor ainda seria se o sistema funicular fosse reativado, voltando a interligar o Alto da Serra a Piaçaguera.

Um trem de passageiro servindo Paranapiacaba e chegando a Santos significaria a redenção em definitivo da vila ferroviária e do próprio desenvolvimento turístico de Santo André.

No entanto, na visita que Memória fez a Paranapiacaba, semana passada, nos surpreendemos com a série de obras ali realizadas. As reformas na igreja Senhor Bom Jesus, o seu entorno revitalizado, o cuidado dado ao cemitério, tudo isso é excelente. Mas vimos mais, muito mais.

A torre da estação ferroviária de Paranapiacaba, com seus relógios monumentais, mais a cabine de sinais e comandos, acreditem, estão sendo restaurados, fruto de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) que envolve a Prefeitura de Santo André, a empresa MRS (que opera a malha regional Sudeste da Rede Ferroviária Federal) e a ABPF (Associação Brasileira de Preservação Ferroviária).

Quando os véus brancos que cobrem a obra forem retirados, lágrimas rolarão de uma categoria veterana de ferroviários que viveram os últimos grandes momentos de uma vila que vibrava com todo o sistema funcionando.

A igreja revitalizada, a torre da estação em obras, são duas boas referências deste verdadeiro canteiro de obras, completado com a listagem relacionada à Memória por Fábio Picarelli, o secretário de Meio Ambiente de Santo André, que também visitou Paranapiacaba há uma semana.

Pintura das casas.
Campo revitalizado.
Garagem das locomotivas

Fábio Picarelli relacionou o que se faz em Paranapiacaba hoje, neste fevereiro de 2019 que se encerra.

- São nove PACs Cidades Históricas (Programas de Ação Cooperativa entre Estado e Município), cinco dos quais entregues:

1 – O projeto da garagem das locomotivas.
2 – A construção da garagem e sua entrega.
3 – Dois galpões das oficinas dos locobreques.
4 – Biblioteca instalada na antiga Casa do Engenheiro.
5 – Revitalização do almoxarifado das antigas companhias férreas.

Os outros quatro PACs estão em processo de execução:

6 – Cine Lira.
7 – Campo de futebol, em fase de abertura de licitação.
8 – Reconstrução de uma casa incendiada, perto do antigo hospital.
9 – Restauração de 242 casas, em projeto que leva a assinatura do arquiteto Gilson Lameira.

A Vila Portuguesa

Já na parte alta de Paranapiacaba, circundando a igreja, 150 imóveis particulares da chamada Vila Portuguesa poderão ser recuperados, dentro de um projeto que exigirá a participação direta da população. E há um bom respiro: a Suvinil deverá entrar com a tinta necessária, compromisso assumido por Marcelo Leonessa, vice-presidente da Suvinil para a América do Sul, por sinal andreense e frequentador de Paranapiacaba.

Há outros patrocinadores da sociedade civil, alguns preferindo o anonimato. São tantos que Paulo Serra, o pai, está preparando uma lista para Memória. Publicaremos com prazer, já prevendo a grande festa da entrega da igreja no março que se aproxima.

Tudo muito bom, tudo muito bem, mas é preciso ter em pauta, sempre, a necessidade premente da volta dos trens de passageiros e da recuperação que se tornará heroica do sistema funicular da Serra do Mar, único no mundo do gênero. Dessas providências, Memória aguarda notícias.

A reforma da igreja de Paranapiacaba
-Inauguração: 16 de março, um sábado.
-Programação: celebração de duas missas, às 11h e 16h, esta pelo bispo diocesano dom Pedro Cipollini
-Participação: Coral da OAB de Santo André
 

Interação com Facebook

‘Tempo de bruxas e coisas do outro mundo’

Na promissora terra da sacanagem e dos desmandos, os grilos estão inquietos.

Da crônica de Guido Fidelis publicada pelo Diário em 28 de fevereiro de 1989. Confiram a íntegra no Facebook da Memória – acessem o endereço acima.

Diário há 30 anos

Terça-feira, 28 de fevereiro de 1989 – ano 31, edição 7000

Manchete – Violência recorde mata 87 pessoas em apenas 27 dias no Grande ABC
Indústria – Retração do mercado dificulta o planejamento da Ford Tratores.
Os 90 funcionários do setor de produção de São Bernardo, em férias coletivas desde 4 de fevereiro, retornam ao trabalho.
Em março a Ford inaugura a ampliação do setor de usinagem. Elevará sua capacidade de produção anual de motores de 60 mil para 100 mil.
Futebol – Domingo, em Jaú: XV local 4, Santo André 1.

Em 28 de fevereiro de...

1919 – Anunciados grandes bailes nas noites de domingo e terça-feira de Carnaval no Teatro Carlos Gomes, em Santo André.
Nota – Há 100 anos o Carlos Gomes ficava na embocadura da Rua Coronel Oliveira Lima com o Largo da Estátua, prédio ainda existente.
- Carnaval 1919 – Loja do Japão.
Lança-Perfume Rodo e Vlan. Serpentinas Iris e Anakonda. Confete de cores e ouro.
Marcas. Garcia da Silva & Cia, sucessores de Garcia, Nogueira e Companhia. Rua de São Bento, 46.
- Por falta de gasolina na praça o tráfego de automóveis é paralisado em toda a Capital, extensivo à região.
Internacional – Do noticiário do <CF160>Estadão</CF>:
- A agitação dos Sparcus na Prússia
- Proclamação da República dos soviets na Saxona
- A fome na Romênia e na Sérvia.
1964 – Lei estadual 8.092 confirma a criação do município de Rio Grande da Serra, nascido de plebiscito realizado em dezembro de 1963.
Parte do território do novo município pertencia a Ribeirão Pires e parte ao distrito de Paranapiacaba (Santo André).
A mesma lei define que a área do município de São Bernardo do Campo era de 411 km².
 

Santos do Dia

- Daniel Brottier
- Justo
- Romão
- Serapião

Municípios Brasileiros

Celebram aniversários em 28 de fevereiro:

- Em São Paulo, Paulínia, Restinga, Salesópolis, Sebastianópolis do Sul e Silveiras
- No Rio Grande do Sul, Crissiumal, Espumoso, Esteio, Frederico Westphalen, Ibirubá, Marau, Nova Petrópolis, Rolante, Sananduva e Sapiranga
- No Rio de Janeiro, Paraty

Fonte: IBGE




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