Palavra do Leitor Titulo
Desabamento completa um ano

Dia 6/2/2012, às 19h20 ocorreu em São Bernardo o desabamento...

Dgabc
06/02/2013 | 00:00
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Artigo

Dia 6/2/2012, às 19h20 ocorreu em São Bernardo o desabamento do Edifício Senador, por onde circulavam em torno de 2.000 pessoas por dia. A tragédia não foi maior porque tudo ocorreu fora do horário comercial. Eu mesma saí do escritório 20 minutos antes do desaparecimento da minha sala nas profundezas daquele buraco que levou consigo a vida de duas pessoas. Fiquei consternada na época e estou consternada diante da tragédia vivida por nossos irmãos em Santa Maria, no Rio Grande do Sul.

E pensar que as origens destas tragédias são as mesmas: a omissão, o descaso, o improviso, as reformas baratas, os ‘jeitinhos', as ‘taxas de urgência', o lucro e o interesse privado acima da segurança das pessoas. As notícias sobre Santa Maria tentam responder à pergunta: de quem é a culpa?

Dizem que no acidente do Edifício Senador ‘só morreram duas pessoas', como se uma tragédia pudesse ser medida segundo o número de mortes nela envolvida. Se Deus é brasileiro Ele nasceu em São Bernardo, pois se o desabamento tivesse ocorrido uma hora antes centenas de pessoas teriam morrido, eu inclusive. O laudo sobre as causas da tragédia foi divulgado sob a seguinte chamada: ‘Desabamento não tem culpados'!

Concluiu que a estrutura utilizada no prédio era de espessura inapropriada e que havia reformas inadequadas e infiltrações. Comenta-se sobre irregularidades no Habite-se e em alvarás. Como estes atos foram praticados num passado distante, o direito de ação contra os responsáveis estaria prescrito, logo, os parentes das ‘só duas vítimas' (sic) não teriam a quem responsabilizar. Ainda hoje tenho pesadelos com o que aconteceu. Não consigo superar a tristeza ao pensar na dor das mães das duas vítimas. Sofro da mesma forma ao ver o rosto das mães dos jovens mortos na boate Kiss.

Peço sempre a Deus que olhe pelas famílias em luto de ambas as tragédias, ao mesmo tempo em que agradeço por estar viva. Espero não ter o dissabor de ler sobre a tragédia de Santa Maria como tenho ao ler sobre a tragédia do Edifício Senador: ‘Não há culpados'. Faltaria ler: ‘Vítimas são consideradas culpadas pelas tragédias na boate Kiss e no Edifício Senador, uma vez que a omissão e negligência do poder público e a ganância do capital privado não gerariam qualquer consequência se a s vítimas não estivessem na hora errada e no lugar errado...'

Eliana Borges Cardoso é professora da Faculdade de Direito de São Bernardo e advogada trabalhista. Mantinha escritório na sala 34 do Edificio Senador.

PALAVRA DO LEITOR

Aguardando

Faço minhas as palavras de Marcelo Agostinho (Concurso, dia 3) em relação ao concurso 08/2011 da Prefeitura de Santo André, mas acrescento ainda o que o atual prefeito disse, neste Diário, que fazer concurso não está descartado. Senhor prefeito Carlos Grana, novo concurso sim, mas só se for em outros cargos. Caso não saiba, quero lembrá-lo de que muitos aprovados em diversas funções estão aguardando serem chamados. As convocações estão sendo feitas de forma muito lenta.

Adelice Alves de Castro, Capital

Catequese - 1

As obras de recapeamento na Rua Catequese, entre a Rua São Vicente e a Avenida Dom Pedro II, em Santo André, no dia 2, deixaram o trânsito completamente parado. Liguei para o departamento de trânsito no 0800 e o atendente disse que já estavam no local agentes para orientar. Não era verdade! Como não aceitei a ‘desculpa', o atendente disse que entraria em contato por rádio e que encaminharia viatura. O fato é que isso também não aconteceu. Tive de aproveitar meu dia de ‘descanso' ouvindo as buzinas dos carros desde cedo. Tudo isso teria sido evitado com o desvio para a Rua das Monções a partir da Travessa São João, deixando a São Vicente e o trecho da Catequese que estava em obras somente para o trânsito local. Ainda houve acidente com uma van e uma máquina que trabalhava no local, piorando ainda mais a situação. Total falta de respeito com os moradores e os motoristas, que perderam mais de 30 minutos para percorrer quatro quarteirões.

Renato Siqueira, Santo André

Catequese - 2

A Prefeitura de Santo André, ou a empreiteira por ela contratada para efetuar os reparos na esquina das ruas Catequese e Padre Anchieta, deixou placas de ferro soltas no chão, provocando enorme barulho cada vez que os veículos passavam. Será que a pessoa responsável pelo acompanhamento desse serviço não sabia que isso iria acontecer? Durante o dia já dava para perceber que as placas não permaneciam no lugar e que o barulho era inevitável. Durante toda a manhã de sábado tentei localizar alguém que pudesse me ajudar a resolver o problema, mas, infelizmente, não consegui. Bastaria um pouco de sensibilidade e atenção conosco, contribuintes, para evitar tudo isso. Será que poderiam ter mais cuidado para se evitar que isso aconteça novamente, já que as obras continuam no nosso bairro?

Valdemar Ramos, Santo André

Alameda

Há vários dias estamos sem iluminação pública na Alameda Campestre, em Santo André, e até agora nenhuma manifestação dos responsáveis. Acredito que não haja setor que cuide dos munícipes e seus problemas. A Alameda Campestre é bastante utilizada, pois há uma quadra de futebol e um restaurante. A rua escura atrai vândalos. Se formos chamar viaturas todas as vezes teremos uma ao nosso dispor, o que acarretaria alguns transtornos à polícia. Então, Prefeitura, coloque alguém para cuidar do problema. Caros vereadores, espero que cuidem da questão, pois quando vieram pedir votos os senhores sabiam nossos endereços. Espero que agora também venham a público e resolvam esse grave problema.

Cláudio Luiz da Silva, Santo André

Mesmo assunto

As cartas publicadas nesta seção deste Diário são muito repetitivas - e repetição chateia. Antes era o incêndio de Santa Maria, no Rio Grande do Sul; agora só criticam os eleitos - e os que os elegeram - para presidir Câmara e Senado. Vamos ter um pouco de criatividade e variar de assunto, já que coisas erradas abundam nos (des)governos.

Mário A. Dente, Capital




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