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Haddad é cobrado por promessas não cumpridas como prefeito

Petista também responde sobre denúncias de corrupção envolvendo PT

Por Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
15/09/2018 | 07:00
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Divulgação/TV Globo


Em primeira entrevista em rede nacional como presidenciável do PT, Fernando Haddad, ex-prefeito da Capital, foi questionado ontem, no Jornal Nacional, da Rede Globo, sobre diversas promessas que fez para chegar à prefeitura paulistana, na eleição de 2012, mas que não foram cumpridas, dentre elas entregas de moradias populares e redução de filas na Saúde.

O ex-prefeito foi sabatinado ontem porque assumiu a candidatura presidencial do PT na terça-feira, último dia do prazo dado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para substituir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que teve o nome impugnado com base na Lei da Ficha Limpa – foi condenado em segunda instância por corrupção e lavagem de dinheiro e está preso desde abril. “Eu cumpri a maioria das 123 metas do meu plano de governo e, mesmo pegando a maior recessão da história da cidade de São Paulo, deixei o município com grau de investimento”, respondeu. Ele chegou a dizer que os números trazidos pelo apresentador William Bonner não correspondiam com a verdade sobre seu mandato.

Em praticamente meia hora de entrevista, Haddad passou boa parte do tempo tendo de explicar a herança das denúncias de corrupção que marcaram os governos petistas de Lula e de Dilma Rousseff, como o Mensalão e o Petrolão. O ex-prefeito encampou o já conhecido discurso, adotado pelas lideranças petistas, de que os governos do PT fortaleceram os mecanismos de investigação.

“Há dois governos possíveis em relação à corrupção. Um governo que fortalece as instituições e governos que enfraquecem essas instituições. Os governos do PT foram o que mais fortaleceram”, justificou, ao sugerir que, no caso do escândalo na Petrobras, o presidente da República não é diretamente responsável pela nomeação de diretores da estatal. “Não estou dizendo que não houve falha na fiscalização”, disse.

Quando questionado sobre o fato de as principais lideranças do partido estarem sob investigação, incluindo Dilma, Haddad saiu em defesa da ex-presidente e adotou tom mais agressivo, criticando a cobertura da emissora sobre os casos. “A Globo também é investigada (...) Eu não condeno ninguém por antecipação. A (ex) presidente Dilma não é ré em ação nenhuma.”

O ex-prefeito também respondeu sobre as recentes denúncias do Ministério Público, que o acusa de enriquecimento ilícito no caso de pagamentos de material de campanha, em 2012. “Esses promotores estão sendo investigados pelo conselho nacional por apresentar denúncia a 30 dias da eleição. Isso é um fato inédito na história do MP”, salientou. 




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