Candidato ao Senado pelo PSL, o deputado federal Major Olímpio afirmou, durante agenda em Santo André na manhã de ontem, que não confia em nenhum instituto de pesquisa e disse que será eleito senador, assim como o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) conseguirá triunfar no pleito para presidente da República ainda no primeiro turno.

“Estas pesquisas, de longe, não reproduzem a realidade. O Datafolha, por exemplo, vem errando muito. Em 1985, o instituto afirmou que o FHC (ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do PSDB) seria o prefeito de São Paulo e quem sentou na cadeira foi Jânio Quadros. Eles conseguiram errar em todas e vão errar novamente”, disparou Olímpio.

O candidato lembrou que chegou a pensar em pedir a instauração de uma CPI na Câmara Federal para investigar todos os institutos de pesquisa do País. “Eu lutei para impedir esses donos de institutos de pesquisa que vendem, na pior forma da palavra, resultados”, afirmou.

Ainda sobre a questão dos números de levantamentos eleitorais, Major Olímpio alegou que acredita que seus índices possam aumentar devido ao atentado sofrido por Bolsonaro no dia 6 – o presidenciável está internado no Hospital Albert Einstein, se reabilitando após cirurgia.

“Criamos uma aliança muito boa. Quem vota Bolsonaro, vota Major Olímpio. Criamos a união ‘Bolsolímpio’. Uma das vagas do Senado será minha. O que importa é que ele está se recuperando muito bem”, alegou.

Olímpio apontou que a confiança num triunfo de Bolsonaro já no primeiro turno decorre da conversão de votos de eleitores indecisos. “Esse pessoal indeciso está pensando assim: ‘Já que tentaram executá-lo, ele deve ser a solução para nosso País’.”

Nas pesquisas para o Senado, Major Olímpio aparece na terceira colocação com 11%, segundo o instituto Ibope. Eduardo Suplicy (PT) lidera as intenções de voto com 31% e Mário Covas Neto (Podemos) surge na segunda colocação, com 17%. O levantamento é de segunda-feira e ouviu 1.512 pessoas.

Com o discurso voltado para a Segurança Pública, Major Olímpio também atacou os números divulgados pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, afirmando que os dados são maquiados e que há inúmeras falhas. “Os números são forjados. A cada um caso de estupro notificado à polícia, quatro não são notificados. Isso é um absurdo e não reflete a realidade da violência em São Paulo.”