Líder da chave com nove pontos, o Santos é seguido por Nacional, do Uruguai, com oito, e Estudiantes e Real Garcilaso, ambos com cinco, sendo que os três têm chances de ficar com a segunda vaga na próxima fase da Libertadores, ainda que as chances do time peruano sejam meramente remotas.
Porém, a situação do Santos é bem pior do que a tabela indica. O time perdeu quatro dos últimos seis jogos que fez, com apenas duas vitórias, em jogos contra adversários considerados modestos - casos do Luverdense e do Paraná -, o que deixa o elenco e também o técnico Jair Ventura sob pressão, mesmo que o discurso oficial do presidente José Carlos Peres seja de apoio ao treinador.
"Queremos dar opções ao Jair e confiamos nele. É um treinador moderno e nos ajuda muito. Nunca pensamos em trocar o treinador", afirmou o dirigente, tentando minimizar as cobranças da torcida em relação ao técnico, que venceu apenas 12 dos 28 jogos em que comandou o Santos, com aproveitamento de 48% dos pontos.
Para dificultar a vida de Jair Ventura, o Santos tem alguns problemas, sendo o principal deles a ausência do volante Alison, que sofreu lesão no joelho direito no clássico do último domingo contra o São Paulo. O treinador não tem outra peça com o mesmo poder de marcação do titular e, assim, deve apostar na experiência de Renato para compor o meio de campo.
Além disso, o lateral-direito Victor Ferraz, que ainda não atuou na Libertadores nesta temporada, sofre com dores lombares e ficou fora do treino da véspera do confronto contra o Real Garcilaso. Assim, Daniel Guedes pode receber nova oportunidade no time.
Jair Ventura ainda trabalha com a oportunidade de trocar o responsável pela armação do Santos, considerada a principal carência do elenco. A função foi exercida por Vitor Bueno nos últimos jogos, mas ele não agradou e agora poderá ser retomada por Jean Mota, com a entrada de Léo Cittadini, até para que o meio de campo não fique tão vulnerável diante da ausência de Alison.
Mas a confiança do time está depositada no bom rendimento como mandante, com cinco vitórias e 100% de aproveitamento na Libertadores, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro. "Está todo mundo chateado. Mas estaria mais desesperado se não estivesse ganhando em casa também", lembrou David Braz.
Se o Santos entra em campo para buscar a liderança do seu grupo e afastar a crise, o Real Garcilaso tem pretensões mais modestas. E se as chances de classificação às oitavas de final são modestas, o time crê ser viável se garantir na Copa Sul-Americana com o terceiro lugar do seu grupo.
Para isso, porém, precisa superar um momento complicado, pois não vence há seis jogos, com três empates e três derrotas nesse período. Além disso, não contará com o atacante Diego Mayorga, afastado após ser detido embriagado. Mas a única vitória do time peruano na fase de grupos foi exatamente sobre o Santos por 2 a 0, em casa, na sua estreia na chave.
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