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As turbulências na campanha de Marinho
Raphael Rocha
do Diário do Grande ABC
13/12/2017 | 07:00
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No sábado, o PT estadual se reuniu no diretório. A intenção do presidente paulista da legenda, o ex-prefeito de São Bernardo Luiz Marinho, era obter crivo das lideranças para ser candidato do partido ao governo do Estado – hoje ele é pré-candidato, mas convive com sombra do ex-prefeito paulistano Fernando Haddad. Mas a sugestão de antecipar a confirmação não foi bem digerida por todos os presentes. Um grupo, que defende Haddad ao Estado, até consentiu com a definição pró-Marinho, desde que houvesse também encerramento da discussão dos candidatos da legenda ao Senado. No caso, o vereador Eduardo Suplicy e o próprio Haddad. Ao ouvir a proposta, Marinho recuou, dizendo que as vagas na chapa ao Senado servem de negociação na costura de alianças. No cabo de guerra, ganhou quem apostou em fechar a questão somente no ano que vem. A contragosto, Marinho deve ser referendado candidato apenas em abril.

Quem venceu?

Líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto), Guilherme Boulos publicou ontem vídeo no qual comemora o desfecho na reunião do Gaorp (Grupo de Apoio às Ordens Judiciais de Reintegração de Posse), que determinou a saída dos invasores do terreno particular no bairro Assunção, em São Bernardo, em até quatro meses. Na mesma publicação, tece críticas ao prefeito Orlando Morando (PSDB), por considerar “boa notícia” a saída do movimento da área, apesar do tempo dado para que isso se efetive. O grande fato é que Morando cumpriu a palavra de não negociar com o MTST, por dizer que tem política habitacional própria e que não iria conversar com invasores.

Linha cruzada

Na semana passada, esta coluna mostrou que os ex-prefeitos de Mauá Oswaldo Dias e Donisete Braga, além do ex-vice-prefeito Helcio Silva se encontraram, casualmente, no shopping na noite de sexta-feira com o ex-secretário de Saúde Márcio Chaves (PSD). O pessedista, entretanto, garante que não houve esse encontro, apesar de dizer que nada tem contra essas figuras petistas.

Cidade natal

Ex-secretário de Governo na Prefeitura de Santo André, Mário Maurici de Moraes, pré-candidato a deputado estadual pelo PT, fará atividade na segunda-feira, a partir das 19h, no PT de Santo André. Ele tem dito que sua candidatura vai representar a região de Franco da Rocha, uma vez que o diretório do PT andreense vai apostar na tentativa de reeleição de Luiz Turco. Mas muita gente já vê essa atividade com desconfiança.

Briga – 1

Na sexta-feira, o vereador Adelto Cachorrão (PTdoB) e o folclórico líder comunitário João de Mauá (PRP) – que é assessor comissionado no Paço e concorreu a uma vaga na Câmara – se envolveram em confusão. João de Mauá diz que foi ser atendido na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) 24 horas da Vila Assis quando se deparou com Cachorrão. O parlamentar teria agredido – verbal e fisicamente – e contado com apoio de seus assessores.

Briga – 2

João de Mauá argumentou que foi também ameaçado de morte. “Fui massacrado e humilhado por vereador eleito para defender o povo”, reclamou ele. O líder comunitário, que recebeu 757 votos em 2016, registrou BO (Boletim de Ocorrência) contra o vereador. Adelto Cachorrão, por sua vez, nega as acusações e diz que João de Mauá praticou assédio moral contra uma colaboradora de seu grupo e foi cobrar satisfação. Alegou que se excedeu, mas não ameaçou ninguém.

Briga – 3

Na Câmara, os vereadores decidiram apoiar Adelto Cachorrão. Os parlamentares Severino do MSTU (Pros), Cincinato Freire (PDT), Bodinho (PRP), Ivan Stella (PTdoB) e Tchacabum (PRP) assinaram moção de repúdio a João de Mauá. 




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