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Brasil que as pessoas querem ouvir em Sto.André
Ângela Corrêa
Do Diário do Grande ABC
24/08/2010 | 07:08
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Ele está no ar diariamente como o protagonista masculino na reprise do SBT de A História de Ana Raio e Zé Trovão, mas é como intérprete de suas modas de viola que Almir Sater se sente realmente em casa. Amanhã e quinta, o sul-mato-grossense exibe seus dotes como violeiro e cantor no Teatro Municipal de Santo André. Os dois shows serão realizados às 21h.

Sater se diverte relembrando os tempos em que fazia bico como ator, tarefa que começou experimentando pouco antes, em Pantanal (também produzida pela extinta TV Manchete no início dos anos 1990 e reexibida com grande sucesso pela emissora de Silvio Santos). "Parece um pouco aquelas fotografias antigas em que você aparece com a sua família. Você lembra das coisas boas e se esquece das ruins", ri. Do primeiro e único protagonista dessa fase de bico na televisão, porém, ele guarda gratas recordações. "Viajamos todo o Brasil, foi uma novela feita na estrada". O folhetim, escrito por Marcos Caruso e Rita Buzzar, foi ao ar originalmente de dezembro de 1990 a outubro de 1991.

Apesar de se divertir à frente das câmeras, Sater faz questão de frisar: "Eu sou músico. Os papéis que fiz foram uma ‘brincadeira'. Me chamaram porque eram tipos bem segmentados, que tinham a ver com música", pondera. Quem iniciou o violeiro na TV foi o cantor Sérgio Reis, a quem Sater se refere como Serjão. Ele já tinha feito um papel em novela do Benedito Ruy Barbosa (a primeira versão de Paraíso; no remake, exibido no ano passado, o papel coube ao sertanejo Daniel).

Mais do que garantir uma nova função - a de ator - as temporadas na telinha rendem frutos até hoje como músico. "Uma novela que faz sucesso é uma mídia muito forte. Foi um jeito de se mostrar muito legal. Eram personagens que tocavam e eram ligados às coisas boas do Brasil. Desde que fiz Pantanal, nunca mais parei de trabalhar como músico, que é o que eu sempre quis", explica ele, que repetiu os papéis de violeiro em O Rei do Gado (1996), na Globo, e Bicho do Mato (2007), na Record.

VELHO REPERTÓRIO
"O show é praticamente o mesmo há quase 30 anos", ri Sater. "Eu toco o que as pessoas querem ouvir. Fico muito satisfeito em deixar alegre quem vai me ver", comenta o músico sobre a quase obrigatoriedade de incluir as parcerias com Renato Teixeira (Tocando em Frente, Um Violeiro Toca e Peão) e, claro Chalana, canção de Mario Zan e Arlindo Pinto.

A nova geração de violeiros tem revelado grandes instrumentistas, segundo Sater. "Mas ainda não conheci grandes poetas, daqueles parceiros para escrever letras", reclama.

Por gosto pessoal de Sater, os shows recentes têm acrescentado também peças instrumentais, que ele denomina como ‘da fronteira' (com o Paraguai) e também tem boa aceitação. "O Grande ABC recebe super bem o meu show, porque é um povo que representa bem o Brasil, com gente que veio para São Paulo para trabalhar de todos as partes do mundo", comemora.


Almir Sater - Show. Amanhã e quinta-feira, às 21h. No Teatro Municipal de Santo André - Praça IV Centenário. Tel.: 4433-0789. Ingr.: R$ 80.




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