Os bancários definem nesta terça-feira os detalhes da paralisação de 24 horas programada para quarta-feira. O objetivo é pressionar a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) a oferecer proposta superior à apresentada semana passada. A greve acontece em diversos pontos do país, e afetará as sete cidades do Grande ABC, que terão suas agências fechadas durante todo o dia.
Os dirigentes dos bancos ofereceram o reajuste de 4% mais o abono único de R$ 1.000, oferta abaixo dos 11,77% de reajuste (inflação mais aumento real) reivindicados pela CNB (Confederação Nacional dos Bancários), ligada à CUT (Central Única dos Trabalhadores).
Além do reajuste, os bancários pedem mudanças na PLR (Participação nos Lucros e Resultados), que passaria a valer um salário mensal acrescido de R$ 788 – hoje vale 80% de um salário mais R$ 733. Para a PLR, a Fenaban propõe a aplicação de 4% sobre o adicional de R$ 733.
A categoria, que tem data-base em setembro, promete deflagar greve geral a partir de 6 de outubro, se as negociações com a Fenaban não avançarem. Não há data marcada para a próxima rodada de negociações entre bancos e trabalhadores.
Petroleiros – A FUP (Federação Única dos Petroleiros) também continua nesta semana a negociação com a Petrobras. A categoria, que ainda não recebeu uma proposta da empresa, pede o reajuste de 9,89% (inflação mais aumento real).
Os petroleiros também querem a unificação dos pisos salariais, reorganização de cargos e salários e mudanças no funcionamento do fundo de pensão Petros. No próximo dia 30, haverá reunião entre Petrobras e trabalhadores sobre o assunto.
Metalúrgicos – Os metalúrgicos de São Bernardo e Diadema continuam nesta segunda-feira a série de paralisações nas empresas do Grupo 9, devido ao impasse nas negociações salariais. O movimento começou há duas semanas.
A categoria pede reposição de 4,66% da inflação e aumento real de 3%. O grupo da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) mantém proposta de reajuste de 2,09% acima da inflação.
A expectativa do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (filiado à CUT) é que os negociadores apresentem nova proposta nesta semana. Caso isso não aconteça, a idéia é ampliar o movimento. Não está descartada a possibilidade de greves por tempo indeterminado.
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