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Jd.Hollywood convive com problemas do Projeto Drenar
Por Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
04/03/2017 | 07:00
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André Henriques/DGABC


 Menina dos olhos da administração Luiz Marinho em São Bernardo, o Projeto Drenar ainda traz transtornos à população. Na Rua Werner, no Jardim Hollywood, local onde foram realizadas obras de microdrenagem e construção de duas galerias, as intervenções foram concluídas no ano passado.

Apesar de acabar com os problemas das enchentes na área, foco principal do projeto, o Drenar deixou problemas – a vizinhança precisa conviver com rachaduras nas casas e buracos na via.

O analista jurídico Alessandro Stavale, 42 anos, começou a perceber rachaduras na garagem desde o fim da obra, no ano passado. Até hoje, o problema ainda não foi resolvido. Ele chegou até a protocolar o pedido na Câmara dos Vereadores. “A gente sente que é um descaso. Apesar de já ter feito diversas reclamações, ainda continuo com o problema”, lamentou.

O aposentado Raffael Esposito, 78, cansou de esperar por um retorno, e para fazer os reparos em casa gastou cerca de R$ 10 mil. “O pessoal chegou a vir até a minha casa e tirar fotos no ano passado. Não aguentava mais, e acabei contratando um pessoal para fazer a reforma. Esse valor foi gasto apenas para arrumar as rachaduras. Era para ser algo para melhorar a vida da gente, mas acabou atrapalhando”, afirmou.

Além dos problemas dentro das próprias casas, a rua também os têm no asfalto. Desde dezembro, uma erosão profunda atrapalha o tráfego do bairro. Os motoristas precisam desviar para não correr o risco de ficar com o pneu preso. Conforme os moradores, o problema também apareceu depois da conclusão das obras, iniciadas em 2014.

“Durante todo o tempo da obra, que chegou há uns três anos, o cruzamento ficou fechado (Rua Universal e RuaWerner). Para chegar em casa já era uma luta por causa do trânsito. Agora, quando é liberado, temos de lidar com isso”, afirmou Stavale.

A primeira solicitação para que o problema seja resolvido foi feita por ele no dia 17 de janeiro e a segunda, em 8 de fevereiro. Para tentar amenizar a situação, ele colocou um galho grande com uma sacola amarrada no buraco. A espécie de bandeira improvisada funciona como sinalizador para que a erosão seja vista de longe.

Em relação às rachaduras e demais problemas na estruturas das residências, o prefeito Orlando Morando (PSDB) aconselhou que os moradores que se sentirem lesados em decorrência das obras devem procurar a administração. “Se alguém teve prejuízo ou problemas de deslocamento, a Secretaria de Desenvolvimento Social está à disposição”, afirmou. O telefone de contato da Pasta é o 2630-6630.

Questionada pelo Diário, a Prefeitura informou que, depois de vistoria realizada na via, iniciará o reparo do local danificado ainda na segunda-feira.

 

Governo afirma que concluirá projeto até o fim da administração

Mesmo crítico ao Projeto Drenar em mandato como deputado estadual, o atual prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), afirmou que pretende concluir as obras. Porém, ele ainda não estipulou uma data para isso, já que o processo está em fase de aditamento. “Em fevereiro, estivemos no Ministério das Cidades e precisamos fazer uma readequação no contrato. O nosso jurídico está auditando. O que posso garantir é que vamos dar sequência à obra, com essa ou outra empresa.”

Antes de deixar a Prefeitura, Luiz Marinho (PT) chegou a afirmar que a obra seria entregue até o dia 20 de março, mas que faltavam R$ 50 milhões para financiamento. Porém, o Consórcio Centro Seco, formado pelas empresas OAS e Serveng Civilsan, responsável pela obra do Piscinão do Paço, já informou que necessitará de mais R$ 111 milhões para concluir o projeto. “A população precisa lembrar que essa obra foi iniciada na administração anterior, o prazo não foi cumprido e recursos do município foram utilizados indevidamente. No nosso mandato será concluída”, finalizou Morando.

 

Prefeitura pretende poupar R$ 4,6 mi na conta de água

A Prefeitura de São Bernardo assinou ontem convênio com a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico de São Paulo) que deve gerar economia de até R$ 4,6 milhões aos cofres públicos. O Pura (Programa de Uso Racional da Água) prevê economia de 25% no valor da conta de água dos 369 prédios públicos caso a administração consiga reduzir o consumo em, no mínimo, 10%.

A cidade foi a pioneira da Região Metropolitana a participar do programa, em 2008, com 100 imóveis. Porém, somente agora chega a 100% dos prédios municipais. A estimativa é que por meio da redução sejam poupados 44 milhões de litros de água por ano.

Segundo o prefeito Orlando Morando (PSDB), caso as secretarias não consigam a economia, o dinheiro será descontado do orçamento. “Não quero chegar ao corte, mas se a gente não atingir a meta, a Prefeitura tem de pagar essa diferença. Mas, como isso é do orçamento municipal, gerando essa economia vamos distribuir e transformar esse recurso em investimento.”

Conforme o superintendente da Sabesp, Roberval Tavares de Souza, a companhia fez um diagnóstico dos imóveis juntamente com a Prefeitura. Dessas visitas, foram identificados itens a serem substituídos, como torneiras e medidores. A administração diz que os valores estão sendo levantados e a substituição total deve ser feita em até 90 dias. “O programa é um tripé. Você tem a questão tecnológica, a educação ambiental e a economia do dinheiro público.”

 




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