Política Titulo Ribeirão Pires
Rivais de Kiko veem com apreensão situação jurídica

Prefeito de Ribeirão foi considerado ficha suja pelo STF e TRE-SP analisa se cassará mandato

Felipe Siqueira
Especial para o Diário
18/02/2017 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


Rivais do atual prefeito de Ribeirão Pires, Adler Kiko Teixeira (PSB), na época da eleição têm opiniões diferentes sobre o futuro de Ribeirão e do socialista, mas veem com apreensão a situação política da cidade.

Kiko sofreu com ação do STF (Supremo Tribunal Federal), que o considerou ficha suja por contas não aprovadas, da época em que ele ainda era presidente da Câmara de Rio Grande da Serra, em 2004. Mas, por meio de liminar, concedida pelo ministro Edson Fachin, Kiko pôde concorrer às eleições e, depois, se sagrou chefe do Executivo. Após o pleito, a liminar foi revogada, também pelo STF, agora, por votação da primeira turma.

Para o ex-prefeiturável de Ribeirão Pires Luiz Carlos Grecco (PRB), existe, hoje, a impressão de que a cidade está sub judice. “Ele não está tendo condições, até psicológicas, de administrar uma crise tão profunda como nós estamos vivendo. A credibilidade, em todos os sentidos, fica difícil, os contratos, as concessões... Quem confia em uma cidade que tem já um problema jurídico que, a qualquer momento, pode ter uma definição que o afaste da administração?”, indagou. Para Grecco, às vezes, advogados defendem causas praticamente impossíveis. “Acha que não sabiam que isso era possível (a liminar ser revogada)?”, questionou. “Deixam o problema para o cliente. Cometem imprudências e ele (Kiko) está pagando por problemas que, talvez, se resolvessem de outra maneira”, completou.

Para o também ex-prefeiturável Edinaldo de Menezes, o Dedé (PPS), o problema é ainda maior. “Ele não deveria nem ter sido candidato”. Na época, antes da eleição, Dedé entrou com recurso para impugnar a candidatura de Kiko. Após a eleição, o ex-vice-prefeito entrou com processo para cassação do diploma de Kiko, por ele ser ficha suja. “No meu processo, eu pedi que o segundo lugar assuma”. O segundo colocado foi Dedé.

Já o ex-prefeito da cidade Saulo Benevides (PMDB), a situação não influencia diretamente no governo, mas é mais um problema a ser considerado. “Se ele chegou até agora, disputou a eleição, ele deve ter bons advogados.

As opções viáveis, caso Kiko seja cassado, são novas eleições ou o segundo colocado do pleito de 2016 assumir. Para Saulo, o melhor é dar posse ao vice-líder no pleito. “Numa campanha, a despesa é muito alta”. Para Luiz Grecco, o melhor é esperar a Justiça decidir. Dedé, como está no processo de cassação que encaminhou ao TRE-SP, prefere que o segundo colocado fique com o posto. Caso haja eleição geral, ninguém crava que será candidato, todos devem conversar com seus grupos políticos, com exceção de Saulo, que não pretende se candidatar tão cedo.

Kiko não retornou aos contatos da equipe do Diário. 




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