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PT se contradiz sobre pagamentos
Por Arthur Lopez
Do Diário do Grande ABC
04/08/2005 | 08:42
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As explicações sobre o pagamento dos honorários do advogado e ex-procurador-geral da República Aristides Junqueira e de seu sócio Pedro Raphael Campos Fonseca geraram uma batalha de contradições, notas e cobranças entre petistas do diretório de Santo André, a direção estadual e os próprios advogados. Apesar de todos concordarem que o diretório regional do PT fez a contratação, não se sabe quem efetuou o pagamento, se o serviço foi realizado e nem de onde veio a indicação desses profissionais para a defesa da imagem da legenda na cidade em 2002, após a morte do ex-prefeito Celso Daniel.

Sabe-se apenas que na lista de Marcos Valério, com dez pessoas do PT autorizadas a receber recursos, constam os dois advogados. O valor autorizado é de R$ 185 mil. Essa relação de nomes foi entregue à Polícia Federal pela gerente administrativa da agência SMP&B, Simone Vasconcelos.

Os advogados dizem que foram contradados pelo PT estadual para uma consultoria jurídica e o valor do contrato era de R$ 545 mil, pagos em quatro parcelas, mas faltaria ainda o pagamento de R$ 50 mil.

Em nota enviada à imprensa, o presidente estadual do PT, Paulo Frateschi, diz que Aristides Junqueira realmente celebrou um contrato com a executiva estadual para defender o partido em Santo André. De acordo com a nota, “a minuta do contrato foi por ele (Junqueira) ou por seu escritório preparada”.

No entanto o diretório regional garante que “não tem até o momento notícia sobre o andamento do serviço” e que “não recebeu qualquer comunicação ou documento do escritório do Dr. Aristides Junqueira (relatório de serviço prestado, nota de cobrança, nota fiscal, recibos etc)”. O comunicado oficial do PT conclui que “diante do silêncio do advogado, o contrato firmado encontra-se rescindido” e que o diretório estadual não tem responsabilidade pelo pagamento noticiado. Entre petistas de Santo André com trânsito na Prefeitura desde aquela época, fala-se que o serviço do ex-procurador-geral foi realizado.

Municipal –Segundo a presidente do PT de Santo André, Maria Cristina Pechtol, naquele momento “o diretório municipal pediu ajuda ao estadual para fazer a defesa institucional do PT, não de pessoas”. De acordo com Maria Cristina, quem fez a contratação foi a direção estadual da legenda. Na Prefeitura, a informação é de que o Departamento Jurídico do Executivo municipal pode apenas defender ações relativas à administração, cabendo ao partido defender seus militantes e sua imagem.

A indicação de Junqueira e de seu sócio, segundo a nota do PT estadual, teria vindo do diretório de Santo André, mas essa informação não foi confirmada. A direção municipal prometeu divulgar sobre isso, mas nada foi enviado até o fechamento desta edição.




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