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Brasil pode liderar campanha mundial contra a fome, diz FAO
Da Agência Brasil
16/02/2003 | 17:52
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O programa Fome Zero será modelo para o mundo, segundo o representante da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), José Tubino. A instituição liberou U$ 50 mil para a fase inicial do projeto. Esta semana o diretor-geral da FAO, Jacques Diuof, reuniu-se com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para a assinatura de três convênios de assistência técnica e prestação de serviços, no valor de U$ 1 milhão.

A Organização das Nações Unidas (ONU) mantêm um projeto de reduzir a fome mundial em 50% até 2015. Tubino acredita que o sucesso do programa brasileiro fará o Brasil liderar uma campanha mundial contra a fome.

No Brasil, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizada em 2001, 46 milhões de pessoas vivem com uma renda mensal de R$ 72 reais mensais. Já o preço da cesta básica em Brasília chega custar R$ 155,98, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (DIEESE).

Dentre os projetos apresentados pelo programa Fome Zero, Tubino destaca o fortalecimento da agricultura familiar, principalmente nos projetos de reforma agrária. “Importante que este aumento na demanda seja uma oportunidade do pequeno produtor crie seu mercado”, disse.

José Tubino explicou que as causas para o problema da fome no mundo são mais complexas do que simplesmente a falta de alimentos. “Existem casos de famílias que não têm muitos recursos, porém compram produtos supérfluos, como refrigerantes, por causa da propaganda. O problema é complexo”, exemplificou.

Outro projeto do Fome Zero que agrada a FAO é a criação de hortas escolares e comunitárias. As hortas serão destinadas às comunidades mais carentes para complementar a cesta básica e a merenda escolar

Uma preocupação especial apresentada pelo representante da FAO é a necessidade de o governo brasileiro ordenar a pesca na Amazônia, principalmente as espécies que alimentam a população. “A pesca na Amazônia é muito rica. Por isso, deve ser feita de forma sustentável”, disse. Para isso, Tubino sugeriu que o produtor que investisse na pesca de forma sustentável fosse remunerado.




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