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PTB confirma Ozelito na corrida ao Paço de Mauá
Por Mark Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
27/09/2011 | 07:03
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O vereador Irmão Ozelito foi referendado ontem como pré-candidato do PTB a prefeito de Mauá. O anúncio foi feito durante sua filiação no partido, em companhia do presidente estadual da sigla, Campos Machado.

O PTB, assim como o PPS (que lançará o vereador Atila Jacomussi ao Paço), ostenta discurso de que será a terceira via na eleição de 2012. O prefeito, Oswaldo Dias (PT), e a deputada estadual Vanessa Damo (PMDB) são tidos, pelo menos por enquanto, como os protagonistas do pleito.

Com acordo "irreversível" para lançar candidatura majoritária do PTB, Campos Machado descartou a possibilidade de o partido desistir da disputa em Mauá caso o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), garanta seu vice, Frank Aguiar (PTB), na chapa para o ano que vem. Na hipótese, o mandatário petebista selaria apoio a Oswaldo em Mauá. "Só quem me conhece fala uma bobagem dessa. É um absurdo", esbravejou. "O Ozelito só não será candidato se quiser."

O vereador se lança como azarão. "Não é possível achar que algo não dará certo (candidatura) sem tentar. Vamos para a disputa", disse. Ozelito tem acordo com Edimar da Reciclagem (PSDB, seu colega na Câmara) de caminharem juntos na eleição. Por isso, o novo petebista se esquivou sobre novas adesões ao projeto, como de Atila, Chiquinho do Zaíra (PTdoB) e Paulo Bio (PV). "Neste momento, não há definição. Política é a arte de conversar."

AVISO A FRANK

Ao reiterar que possui a palavra de Marinho pela manutenção de Frank Aguiar na composição da chapa em São Bernardo (o chefe do Executivo não garante publicamente que caminhará com o vice em 2012), Campos Machado alertou o forrozeiro a se impor com o grupo petista. "O prefeito e os secretários têm me assegurado a presença dele na chapa, mas o Frank tem de mudar o discurso." - o cãozinho dos teclados chegou a admitir que aceitaria ficar de fora da composição.

O presidente estadual do PTB também ameaçou comandar voo solo de Frank no pleito caso Marinho descarte a aliança com o partido. "Hoje só temos um caminho (parceria com o PT). Não sendo este caminho, estamos livres. O Frank Aguiar não é Cristo, que leva bofetada e depois dá o outro lado para bater. Ele é FA, e não JC."

 

Candidatura em Diadema é questão de ‘dignidade'

 

Campos Machado reiterou que manterá a posição de lançar candidatura do PTB ao Paço de Diadema. A postura foi enfatizada após o prefeito, Mário Reali (PT), revelar que demitirá os petebistas que integram a administração.

"Para a minha dignidade é muito importante. Quando o Reali diz à imprensa que demitirá os funcionários do PTB, joga por terra qualquer possibilidade de acordo."

O nome trabalhado pelo mandatário é o da presidente regional do Sindicato dos Engenheiros de São Paulo, Silvana Guarnieri, quadro desconhecido do eleitorado. "Não posso admitir que a aliança (com o PT) seja baseada em meia-dúzia de empregos, nem vou permitir coligações humilhantes", afirmou.

O presidente também comentou o quadro eleitoral de Santo André, onde há indefinição sobre a manutenção de chapa pura do PTB, que governa a cidade com o prefeito, Aidan Ravin, e a vice, Dinah Zekcer. A possibilidade de abertura para coligações é cada vez maior, tendo em vista a união do PT em torno de Carlos Grana, tido como principal e forte adversário.

Questionado sobre se PSDB ou PMDB estariam próximos do acordo, Campos fez mistério, e limitou-se a dizer que "o governador (Geraldo Alckmin - PSDB) gosta muito do Aidan", indicando parceria com os tucanos.




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