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Revendas recorrem a jovens para não perder profissional
Por Wagner Oliveira
Do Diário do Grande ABC
21/05/2011 | 07:05
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Um dos maiores desafios para marcas que buscam ampliar a presença no mercado nacional tem sido a mão de obra especializada, principalmente o pessoal de oficina. Além da falta de profissionais com formação em mecânica, funilaria e eletrônica, os mais capacitados pressionam patrões por reajustes salariais.

"É uma situação muito complicada", afirmou Dirlei Dias, atualmente no comando de marketing da Mercedes-Benz Automóveis, mas que respondeu por muito tempo pela área de pós-vendas no Brasil e América Latina. "Na maioria dos casos, empresas que investem na formação acabam ficando reféns dos funcionários, que não pensam duas vezes em deixar o cargo assim que recebem oferta salarial um pouco melhor da concorrência."

Com muita eletrônica embarcada nos automóveis, técnicos e reparadores necessitam cada vez mais de informações para consertar o veículo. Para isso, têm de passar por cursos de reciclagem, geralmente fora da cidade onde trabalham. "Todo o custo acaba sendo bancado pelas empresas, que esperam retorno profissional."

De acordo com Dirlei Dias, a Mercedes-Benz tem tentado contornar o problema contratando pessoal mais jovem - ainda em fase de estudos em cursos de formação técnica. "Nossos concessionários têm buscado profissionais entre 18 e 20 anos de idade, pois eles acabam tendo mais compromissos com o empregador do que pessoas de outras faixas etárias, em que a pressão por aumentos salariais é bem maior."




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