O Santander Banespa lançou ontem o cartão de crédito Light, que tem como maior trunfo juros de 5,5% ao mês – menos da metade da taxa média do mercado de cartões internacionais, de 11,9%. Além disso, oferece crédito equivalente ao dobro da renda do titular como crédito (enquanto a média é de cerca de 80%). E, por fim, a renda mínima exigida para todo esse pacote é R$ 700.

A anuidade do novo cartão – que pode ser da operadora Mastercard ou Visa – é de R$ 84 para o titular e R$ 42 para os adicionais (dividida em parcelas mensais de R$ 7 e R$ 3,50, respectivamente). O Santander espera vender 500 mil plásticos Light até o final do ano. Até o final de 2007, o total de cartões oferecidos pelo banco deve pular dos atuais 2,7 milhões para acima de 4 milhões.

De acordo com o vice-presidente de Cartões do Santander Banespa, Nuno Almeida Matos, o investimento total na criação do novo produto foi de R$ 50 milhões. O Light é resultado de uma pesquisa realizada pelo banco, que constatou que 42% do público tem como maior preocupação os juros cobrados e ao baixo limite de crédito nos cartões.

Concorrência – Iniciativas de redução de taxas já foram feitas por outros bancos. “Há um fenômeno que as classes de renda D e E demandam cartões de crédito, porque simplifica o pagamento de comprar”, diz o porta-voz do HSBC, Antônio Seidl.

Ele usa o próprio banco como exemplo, já que parte do grupo do HSBC faz parte a Losango, especializada nas classes D e E. “O Losango Visa é um cartão de crédito aceito em toda a rede Visa no Brasil. A renda mínima necessária é um salário mínimo e não há anuidade”, diz. De acordo com Seidl, a previsão é vender 600 mil cartões até o final do ano.