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Redução na taxa de juros deixa pequena empresa mais otimista
Por Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
20/09/2011 | 07:04
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Após 16 meses de crescimento ou manutenção da taxa básica de juros, a Selic, neste mês houve a redução de 0,5 ponto percentual, para 12% ao ano. O cenário, que indica o início de um ciclo de baixa nos juros, animou os empresários brasileiros, principalmente os pequenos.

Em pesquisa realizada com 1.020 companhias em todo o País, a Serasa Experian detectou que 83% das empresas de pequeno porte esperam aumento de seu faturamento no quarto trimestre em comparação ao terceiro. Contribuem também ao otimismo os fatores sazonais, como o Dia das Crianças, em 12 de outubro e as festas de fim de ano.

Dentre as de médio porte, 79% estimam melhora na receita durante o período que vai de outubro a dezembro e, entre as grandes, 65%. As microempresas não entram na estatística porque é mais difícil para elas se programarem e, consequentemente, para terem alguma projeção.

Considerando todas as entrevistadas, 82% indicaram que vão rever seu faturamento para cima durante o quarto trimestre, contra 79% no terceiro trimestre. De outubro a dezembro do ano passado, o percentual era maior, com 87% do total.

Para o assessor econômico da Serasa Experian, Carlos Henrique de Almeida, é preciso considerar que no ano passado a economia estava mais aquecida e não havia incertezas no mercado nem rumores de crise internacional. À época, para se ter ideia, a taxa básica de juros estava bem menor, com 10,75% ao ano.

Mesmo com a melhora de expectativa para o quarto trimestre, quando perguntados se os resultados de sua empresa neste ano serão influenciados pela crise global, 47% dos entrevistados responderam afirmativamente e 53% disseram que não.

O setor que possui os empresários mais animados para o quatro trimestre é o comércio, onde 88% dos entrevistados acreditam na expansão de seu faturamento. Entre as prestadoras de serviço, são 82%. E, por fim, entre as indústrias, são 64%.

CRÉDITO - Aumentou para 25% do total de entrevistados os que acreditam que as condições de crédito, o que inclui prazos, encargos e limites, vão melhorar nos últimos três meses do ano. No trimestre anterior, eram 19%. Para 56%, essas condições não terão alteração e, para 19%, piorarão. Essa última categoria era composta por 31% no terceiro trimestre.

Dentre os setores, os serviços têm 27% de seus empresários apostando em condições melhores para os financiamentos no quarto trimestre, contra 52% que não veem nenhuma mudança em relação ao terceiro. No comércio são 23% e 66%, respectivamente e, na indústria, 18% e 60%, nessa mesma ordem.

Por porte, 26% dos pequenos empresários acreditam na melhora. Nas médias, são 24% e, nas grandes, 16%.

"É possível que o crédito fique ligeiramente mais barato, porém, esse recuo nas taxas vai demorar a chegar no consumidor, talvez só no ano que vem. Para o Natal teremos financiamentos ainda mais caros", contextualiza Almeida. Além disso, ele destaca que se há incertezas no mercado, os juros bancários podem se descolar do movimento da Selic.




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