O camelô André Luis Ribeiro da Silva, 35 anos, acusado de seqüestrar o ônibus 499 (Cabuçu-Central) no Rio de Janeiro, em 11 de novembro, obteve a liberdade provisória. André fez reféns a ex-mulher, Cristina Ribeiro, e outros 55 passageiros que estavam dentro do coletivo, na Rodovia Presidente Dutra, em Nova Iguaçu.

Agora, o camelô vai responder ao processo em liberdade. Durante esse período, ele não poderá se aproximar da ex-mulher, sob pena de voltar à prisão. André também terá de se manter afastado dos parentes mais próximos de Cristina. A visita aos filhos somente poderá feita através de uma pessoa indicada pela ex-mulher.

Em sua decisão, a juíza Rosana Navega, do 1º Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher e Especial Criminal de Nova Iguaçu, disse que a prisão antes da sentença condenatória é destinada aos réus que atentam contra a ordem pública para assegurar a conveniência da instrução criminal e da aplicação da lei, e que este não é o perfil de André.

Durante o seu interrogatório, o camelô confessou que cometeu os crimes contra a ex-mulher por ciúmes, mas disse que estava arrependido.

O Ministério Público o denunciou por seqüestro. Porém, em depoimento prestado à Justiça no dia 19 de dezembro, passageiros disseram que, ao perceberem que a ação não se tratava de assalto, decidiram permanecer no veículo por temerem que a situação terminasse em tragédia, com a morte do casal.