A menos de um mês para as convenções partidárias, aliados do governo do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), que apalavraram acordo de apoio à candidatura do ex-secretário de Serviços Urbanos e Coordenação Governamental Tarcisio Secoli (PT) à sucessão, reclamam de falta de diálogo de Marinho e demais interlocutores do petismo para a definição do processo eleitoral.

Os descontentamentos mais evidentes estão nas agremiações que têm representatividade na Câmara, casos do PDT, PTdoB, PSD e PR. A possibilidade de deixar o arco do petismo já é cogitada, repetindo caminho tomado pelo PV, que há duas semanas migrou para aliança com projeto do PPS, do deputado federal Alex Manente.

Segundo apuração do Diário, os dirigentes políticos passaram a considerar diálogos com a oposição após não obterem garantias formais, principalmente no desenho para a formação de coligações proporcionais. Ninguém conseguiu nem ao menos ter acesso aos esboços de estratégia desenhada por Marinho para alianças na disputa por cadeiras na Câmara.

De certo, o PT oficializou até o momento apenas a data para sua convenção para 5 de agosto, em ato que será realizado no Cenforpe.

Nos últimos meses, Marinho contabilizou baixas na formação da candidatura de Tarcisio. A mais recente perda foi registrada na segunda-feira, com a ida do DEM, representado pelo vereador Mauro Miaguti, que embarcou no bloco do PPS. A sigla popular-socialista já havia angariado antes a adesão dos parlamentares Rafael Demarchi (PRB), João Batista (PRB), Fábio Landi (PSB) e Antônio Cabrera (PSB), que caminharam junto com o PT em 2012. Houve também perdas para a chapa do PSDB, que será liderada pelo deputado estadual Orlando Morando: casos de Martins Martins (PHS) e José Walter Tavares (PHS).

O prefeito petista segue contemporizando discurso, detalhando que conseguirá manter alianças partidárias e que tem convicção no desempenho de Tarcisio no processo eleitoral. Sobre as baixas anteriores, relatou apenas “que era esperado.”