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Macris prevê independência da Lava Jato

Vice-líder do PSDB na Câmara prega continuidade da investigação sob governo Michel Temer

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
01/06/2016 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


Vice-líder do PSDB na Câmara Federal, o deputado Vanderlei Macris acredita que o governo do presidente interino do País, Michel Temer (PMDB), vai manter a independência da Operação Lava Jato, mesmo após duas baixas no ministério por áudios vazados da investigação da PF (Polícia Federal).

“O governo é uma coisa e a Lava Jato é outra. A Lava Jato vai continuar, não há possibilidade de algo contrário a isso. A operação terá independência, tem sua dinâmica própria e não terá desmanche”, assegurou o tucano, em entrevista ao Diário.

Em quase três semanas de governo, Temer viu a exoneração do senador Romero Jucá (PMDB), do Planejamento, e de Fabiano Silveira, da Transparência. Ambos foram flagrados em áudios gravados pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado articulando com caciques da nova administração maneiras de impedir o avanço da Lava Jato.

Macris avaliou que Temer, além de se descolar da pauta da Lava Jato, precisa colocar em andamento os projetos na área econômica para reação das finanças do País. “A economia é nosso grande problema. Acredito que o Congresso saberá entender esse momento delicado do Brasil e dará suporte para o governo do presidente Temer fazer as mudanças que precisam ser feitas, até mesmo de caráter constitucional. O que tem de se fazer de imediato é estancar a hemorragia econômica que se instalou no País. Vejo que o o clima é de melhora.”

Sobre as citações do senador Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, em delações premiadas da Operação Lava Jato, Macris pontuou que “ele terá de se explicar”, mas disse que há “forçações de barra” de delatores. “Veja o caso do Sérgio Machado, que conduziu todas as conversas. Existe forçação de barra para colocar o Aécio no meio do jogo. Evidentemente que ele sofre desgaste, mas não vejo relação com o PSDB”.

Macris está em seu terceiro mandato de deputado federal e, em 2014, compilou dados sobre mortes decorrentes do excesso do uso de álcool, trabalho esse que rendeu o livro Relatório da Cealcool (Comissão Especial de Bebidas Alcoólicas). 




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