"O PSDB tem autoridade para falar de educação. O ministro Paulo Renato fez um trabalho brilhante, a educação sempre foi um tema importante no nosso governo. O presidente Lula, com todo o seu palavrório, dificilmente fala em educação, a educação não está na agenda deste governo", afirmou o deputado tucano.

"A educação neste governo não tem continuidade, estamos no começo do segundo ano e um ministro veio para obstruir o que o outro tentou fazer", disse Madeira. No começo de 2004, Cristovam Buarque foi substituído por Tarso Genro no Ministério da Educação.

Outro ponto polêmico do evento foi acerca do chamado sistema de progressão continuada, instituído em alguns estados sob comando do PSDB – em São Paulo está em vigor desde 1997. A filosofia do programa defende que, como a repetência não acontece, a evasão escolar diminui porque os alunos se sentem mais estimulados.

Tal programa é duramente criticado por Lula. Ao falar, o secretário de Educação de São Paulo, Gabriel Chalita, disse que o governo trata do assunto como 'jogo de marketing'. "Temos a obrigação de explicar o sistema de ciclos para a população. Não se pode fazer da educação um jogo de marketing", disse.

Serra - No mesmo evento, o presidente do Nacional do PSDB disse que o povo brasileiro e as entidades ligadas à educação precisam exigir do governo federal um plano educacional. Segundo José Serra, citado pelo site do partido, seria até mais fácil e razoável que a oposição e as entidades de educação colocassem ao governo possíveis mudanças. "Mas hoje isso não é possível porque o governo não definiu e não tem um plano ou projeto sobre educação", completou o tucano.

Serra disse ainda que o problema também é grande em outros setores, como por exemplo, as inexistente políticas de emprego e segurança. "O PT pode ter idéias, mas ao que parece não sabe apresentá-las à comunidade", afirmou Serra.