O vereador Manoel Lopes (PL) disse que enviou em abril ofício ao gabinete do prefeito Osvaldo Dias (PT), solicitando o erguimento de muros ou tapumes na área, localizada entre as avenidas Mário Covas Júnior e Antônia Rosa Fioravanti. Em 31 de maio, o prefeito respondeu, por meio de ofício, que os proprietários foram notificados e multados.
De acordo com a Prefeitura, os donos de terrenos são obrigados pela Lei de posturas nº 2.260, de 1989, a cuidar da calçada e manter muros ou tapumes em torno de suas propriedades. Caso contrário, após notificação, o dono pode ser multado em R$ 35 por m² de muro necessário. Na reincidência, o valor é dobrado.
Os responsáveis pela área afirmam que atenderam ao pedido de regularização. “Havia tapumes, mas catadores das favelas próximas foram retirando o material aos poucos e o terreno ficou aberto”, disse Absalão de Souza Lima, advogado de um dos proprietários da área, o empresário Cláudio Bozzato, dono da Bozzato Turismo, empresa de ônibus intermunicipal sediada em Mauá. A outra parte do terreno, justamente a que estava aberta na ocasião da multa, pertence ao Mauá Plaza Shopping.
Nesta terça, após a demolição do que restou do galpão, o advogado anunciou que será construído um muro na área de 9 mil m². O local também terá vigilância para evitar novas invasões.
Segundo o Corpo de Bombeiros e a polícia, o acidente ocorreu porque Santana e seu companheiro Francisco Alves Menezes, 31 anos, que sobreviveu, invadiram o terreno e cortaram estirantes de aço, ligas que sustentavam as colunas do galpão, com o objetivo de pegar o material e depois vendê-lo.
Para tentar organizar os catadores da cidade, a Prefeitura criou, no final de junho, o Centro Municipal de Reciclagem, cooperativa que abriga atualmente 20 catadores. Em julho, o grupo recolheu sete toneladas de material reciclável. Eles ganham um salário mínimo por mês, mais o que conseguem arrecadar com a venda do material recolhido.
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