A oito meses da eleição municipal, o Psol de São Caetano decidiu empurrar a definição do candidato a prefeito para as prévias. Insatisfeitos com os dois únicos nomes que se colocavam como possíveis prefeituráveis (Pedro Teruji e Renan Celestino), a velha guarda do Psol resolveu idealizar a pré-candidatura do ex-vereador pelo PT Devanir Morari (1983-1989 e 1989-1992) ao Palácio da Cerâmica.

A direção do Psol se reúne hoje à noite para definir detalhes da disputa interna, que foi agendada para o dia 27. O nome do ex-petista surgiu em encontro entre os dirigentes, ocorrido na semana passada. A intenção da legenda era de bater o martelo na candidatura majoritária logo após o Carnaval, mas Morari decidiu reivindicar o projeto. Seu nome tem apoio de integrantes antigos da sigla, como o também ex-vereador pelo PT Horácio Neto e pelo ex-prefeiturável Fernando Turco, que não estariam entusiasmados nos nomes de Pedro e de Renan.

Presidente do Psol de São Caetano, Thiago Cavallini reconhece que as prévias eleitorais “mais atrapalham” do que beneficiam a legenda no processo eleitoral. “A prévia é um processo democrático, mas muito caótico e desgastante. Poderia ser interessante se tivesse ocorrido no ano passado. Não dá para fazer (pleito interno) em março para uma eleição que começa em agosto”, admitiu o dirigente, ao assegurar que haverá disposição para “alavancar o mais rápido possível” a candidatura.

FIM DE CICLO
As prévias no Psol de São Caetano quebram tradição no partido em processos de escolha de candidaturas. Desde 2008, quando participou da sua primeira eleição municipal no País, a legenda sempre apoiou nome único nos pleitos. Naquele ano, o deputado federal Ivan Valente (Psol) mudou seu domicílio eleitoral para São Paulo e abriu caminho para a candidatura de Horácio Neto – ficou em terceiro lugar. Quatro anos mais tarde, o partido indicou de forma consensual o nome de Turco, então presidente municipal da sigla – também ficou na terceira posição.