Às 18h30, grupos isolados de torcedores com camisas do Azulão – misturados com os do São Paulo, Corinthians, Santos e Palmeiras – já se aglomeravam nas imediações da praça defronte da antiga sede da Prefeitura Municipal, na Avenida Goiás. No bar Zangão, não havia mais lugar e todos estavam em frente de duas TVs; nos outros bares, as cadeiras estavam tomadas. Bandeiras do São Caetano, do Brasil e do Japão eram agitadas. “Moro no Ipiranga e trouxe essa bandeira do Japão”, disse Luciano Morato. Mendes Batista, de São Bernardo, carregava um urso azul, mas não levou a sorte.
No primeiro tempo, com 1 a 0 a favor, ninguém tinha dúvida de que o Azulão estava com as duas mãos no troféu. Cristiano Tavares, antes do jogo, dizia que seria 2 a 1 para o Azulão, e ninguém ousava arriscar um fracasso na final. Danielle Oliveira e Adriana Marques, de São Caetano, não se desgrudavam da TV. Com incrível parafernália de equipamentos eletrônicos e fachos fortes de luz, de caminhão de imagem e outros carros, a Globo era atração.
A maioria da torcida nem se preocupava em assistir ao jogo. “Vou curtir o embalo. Com ou sem a conquista da Libertadores, eu vou sambar”, afirmou Marcos Salvares. O casal Azulete fez sucesso, o torcedor vestido de mágico também, e a cerveja e o vinho tinto correram à solta de gole em gole. Mas a virada do Olimpia, no segundo tempo, abateu a torcida.
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