Setecidades Titulo Fim de ano
Moradores da região mantêm tradição dos presépios solidários

Cenas do nascimento de Jesus em igreja de São Bernardo e parque de São Caetano ajudam famílias carentes do Grande ABC

Por Yago Delbuoni
Especial para o Diário
29/11/2015 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


Faltando menos de um mês para o Natal, moradores do Grande ABC mantêm a tradição de montar o presépio com a cena do nascimento de Jesus Cristo. Em São Bernardo, grupo relembra o momento em igreja católica no Jardim Silvina. Já em São Caetano, a montagem é feita em parque no bairro Santa Maria. Ambos estimulam a solidariedade, arrecadando alimentos e doações para famílias carentes da região.

Na comunidade Maria de Nazaré, o cenário, inaugurado ontem, demorou 20 dias para ficar pronto e contou com a participação de oito pessoas. Além de remeter à história bíblica, o presépio também traz elementos do Jardim Silvina, como os conjuntos habitacionais populares e um campo de futebol. “Queremos passar a ideia de que Jesus nasce no meio de todo mundo, seja rico ou pobre. A gente também quer que o presépio acompanhe os dias de hoje. Além disso, Jesus também nasce em nós todos os dias”, disse a dona de casa Aparecida Oneda Guimarães, 68 anos, uma das responsáveis pelo cenário.

Ela monta a escultura há dez anos na igreja, porém, a tradição do presépio é mais antiga: são 40 anos, “Antes, fazíamos (eu e meu marido) em casa e a comunidade visitava. Pedimos que tragam um quilo de alimento não perecível, que usamos para montar cestas e, no dia 23 de dezembro, entregar a famílias carentes da comunidade, que ainda ganham frango e panetone.”

A ação faz parte do projeto Presépio Social – Natal sem Fome. No ano passado, foram doadas 200 cestas. Conforme Aparecida, a previsão é pelo menos igualar 2014.

O filho de Aparecida, o motorista de van Eduardo Ferreira Guimarães, 39, lembra de seu pai, que também motivou a construção do cenário. “Fazer isso significa deixar a memória dele viva.”

PARQUE

No Parque Santa Maria, em São Caetano, a imagem do menino Jesus na manjedoura é elaborada pelo encarregado de manutenção Roberto Pal Filho, 52, há 38 anos. “Comecei com uma vizinha da minha mãe. Gostei do que vi e ela me contou que aquele presépio passou por gerações. Comecei a fazer aos 14 anos, em casa. Mais para a frente, quis promover algo beneficente com o objetivo de doar para instituições de caridade.”

Pal Filho contou que em outros anos o presépio foi montado em diferentes locais da cidade e até na Capital. Junto a ele há urna para receber donativos, que serão distribuídos para instituições de caridade.

O encarregado afirmou que a intenção é mostrar que a cena do nascimento de Cristo pode ser montada em qualquer lugar. “Faço questão que o presépio seja simples para incentivar que outras pessoas possam fazê-lo em casa.” 




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