É a conclusao que revela o estudo recente de um laboratório brasileiro, informou ontem, durante uma entrevista à imprensa, Marcelo Furtado, de Greenpeace-Brasil.

O grupo belga nao chega às mesmas conclusoes de Greenpeace. "Duas das dioxinas mais tóxicas (presentes nos cítricos) nao estavam presentes em nossa cal", explica Jacques de Gerlache, responsável pela comunicaçao para a saúde e o meio ambiente do grupo belga.

"Por outra parte, havíamos especificado à Carbotex, a companhia a quem entregávamos a cal, para uso industrial, para a construçao. Nunca pensamos que o produto seria revendido no setor agroalimentar", adiantou.

O problema da presença de dioxinas nos cítricos do Brasil surgiu no início do ano passado, quando foi detectada uma concentraçao alarmante de dioxina no leite de vaca na Alemanha.

A fonte da contaminaçao era a polpa de cítricos brasileiros incorporada à alimentaçao para o gado, o que levou a Solvay-Brasil a suspender suas entregas de cal e a Uniao Européia a bloquear, a partir de julho do ano passado, a importaçao de frutos brasileiros. Os tribunais do Estado brasileiro de Sao Paulo iniciaram diligências no caso, segundo De Gerlache.