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Polícia: é quase certo que ordem para matar subdiretor partiu de Bangu I
Por Do Diário OnLine
09/03/2004 | 18:04
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O chefe da Polícia Civil do Rio da Janeiro, Álvaro Lins, declarou nesta terça-feira que é "quase" certo que a ordem para executar o subdiretor de Bangu I, Wagner Vasconcelos da Rocha, partiu de traficantes presos na própria penitenciária. "Que a ordem partiu de dentro do presídio, temos quase certeza, mas se foi por uma traição ou se foi em represália ao rigor que está sendo adotado ainda estamos investigando", disse Lins.

Ele deixou claro, assim como a Secretaria de Segurança Pública do RJ havia informado anteriormente, que os principais suspeitos de terem comandado o crime são os detentos do próprio Complexo Penitenciário de Bangu, Márcio dos Santos Nepomuceno (Marcinho VP); Elias Pereira da Silva (Elias Maluco); e Marco Antônio da Silva Tavares (Marquinhos Niterói). No entanto, ele ressaltou que ainda não existe nenhuma prova contra os três criminosos.

A Delegacia de Homicídios, que assumiu as investigações do caso nesta segunda-feira, tem um prazo de 30 dias para identificar os executores de Rocha, morto a tiros na última quinta-feira, quando se encaminhava para Bangu I.

Afastamento - No fim da noite desta segunda-feira, a Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro determinou a exoneração imediata do chefe de segurança de Bangu I, cuja identidade não foi revelada para não prejudicar as investigações. Ele é acusado de negociar, juntamente com o próprio Wagner Vasconcelos da Rocha, a fuga de detentos. Para o serviço, eles receberiam algo em torno de R$ 5 milhões.

Lins, apesar de confirmar a existência de um documento de inteligência com provas contra Wagner e o chefe de segurança, destacou que ainda não há nenhuma evidência clara que comprove o envolvimento dos dois com criminosos da penitenciária. "Ainda não há uma prova concreta contra Wagner Rocha ou contra o chefe da segurança."

Violência - Com relação à onda de violência contra funcionários do alto escalão da administração penitenciária carioca, o chefe da Polícia Civil disse não acreditar que as mortes estejam ligadas. Porém, ele revelou que o único fator comum entre as mortes é que as ordens para as execuções partiram de dentro das cadeias do Estado. Lins disse, entretanto, que as motivações para cada crime são distintas. Ao todo quatro pessoas foram assassinadas dentro de quatro anos (2000 a 2004).

Especificamente sobre a morte do subdiretor de Bangu I, Lins disse que ainda não há uma versão definitiva sobre a motivação do crime. "Que a ordem partiu de dentro do presídio, temos quase certeza, mas se foi por uma traição ou se foi em represália ao rigor que está sendo empreendido, ainda estamos investigando", explicou.

Com informações da Rádio CBN




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