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Dib quer unir oposição em S.Bernardo
Beto Silva
do Diário do Grande ABC
29/08/2011 | 07:23
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Ricardo Trida/DGABC


O coordenador regional do PSDB, deputado federal William Dib, quer unir a oposição de São Bernardo para enfrentar, no ano que vem, a candidatura de reeleição do prefeito Luiz Marinho (PT) com força total desde o primeiro turno. A estratégia é contrária ao que o tucano tem pregado em outras cidades, como Mauá.

"Cada município tem uma realidade, não são situações homogêneas. Isso tem de ser analisado e respeitado", explica o parlamentar, que chegou a conversar, meses atrás, com a deputada estadual Vanessa Damo (PMDB) para que incentivasse várias chapas majoritárias na corrida pelo Paço de Mauá, que terá a tentativa de segundo mandato consecutivo do chefe do Executivo, Oswaldo Dias (PT).

Em São Bernardo, onde Dib foi prefeito de 2003 a 2008, o PSDB vislumbra parceria com o deputado estadual Alex Manente (PPS), pré-candidato a prefeito e com carreira política em ascensão.

Um dos cenários levados em consideração é com PSDB e PPS com duas candidaturas distintas. Assim, haveria pulverização dos votos, o que tornaria mais provável a realização de segundo turno. E na segunda etapa do pleito os dois partidos estariam juntos, aliança inclusive já declarada pelas lideranças das siglas. Também seriam dois criticando um a todo instante. Este seria o melhor quadro para alguns políticos da oposição, mas não para Dib.

O coordenador tucano quer as duas legendas juntas já no primeiro turno. "Para sair no mano a mano com toda a força (contra Marinho), em mais tempo", argumenta. O deputado refere-se ao fato de o primeiro turno ter período de divulgação das chapas de 60 dias até a votação. No segundo turno o espaço de tempo é de 20 dias.

Outro fator defendido por Dib para que a aliança PSDB-PPS seja formada o quanto antes é o gasto financeiro. Separados, seriam feitas campanhas milionárias. Mas em empreitada uníssona a verba poderia ser concentrada em apenas um nome em dois meses, não em três semanas. "Economia de despesa entra na conta também", reconhece.

Com a estratégia, o deputado não teme antecipar a característica plebiscitária - aprovação ou reprovação do governo - que a chapa de reeleição petista enfrentará.

"Qualquer campanha de reeleição é plebiscitária, independente da quantidade de adversários que participam."

O PSDB tem definição de que terá candidato próprio a prefeito em 2012. O PPS tem demonstrado a mesma disposição.




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