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Lembranças da Feliz Lusitânia
Por Heloisa Cestari
Do Diário do Grande ABC
02/09/2010 | 07:06
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 Inicialmente batizada de Feliz Lusitânia, em homenagem aos fundadores portugueses, Belém possui uma série de construções históricas. Remanescente da época, o Forte do Presépio foi a primeira edificação erguida na vila e hoje funciona como museu. Marca não só a fundação da capital como a própria colonização portuguesa da Amazônia, no século 17.

Do lado externo da fortaleza, o circuito denominado Sítio Histórico da Fundação da Cidade revela canhões e vestígios arquitetônicos recuperados em prospecções. Mas é do lado de dentro que o forte guarda as mais preciosas relíquias da história amazônica, com urnas funerárias, fragmentos arqueológicos e objetos em cerâmicas indígenas tapajônica e marajoara datados de mais de 3.000 anos.

Um ponto turístico para historiador nenhum botar defeito é o Núcleo Cultural Feliz Lusitânia. Trata-se de um complexo de museus revitalizado na última década como forma de resgatar os quase 400 anos de história da capital. A primeira etapa foi concluída em 1998, com a inauguração do Museu de Arte Sacra, composto pela Igreja de Santo Alexandre (antiga igreja de São Francisco Xavier, erguida a partir de 1698) e pelo palácio episcopal.

Além do rico acervo litúrgico, o espaço abriga espetáculos teatrais, recitais e chama a atenção para sua decoração barroca, caracterizada pela mistura de elementos jesuíticos e indígenas. Destaque para as pinturas de óleo sobre tela e para as esculturas meticulosamente trabalhadas em madeira policromada, dos séculos 17 a 19, com iluminação em fibra ótica.

Depois de inaugurado o Museu de Arte Sacra, teve início o Sistema Integrado de Museus, que deu origem aos museus do Círio, do Forte do Presépio e da Casa das Onze Janelas. Transferido para sua nova sede em 2002, o Museu do Círio, como o próprio nome indica, narra toda a história do Círio de Nazaré, desde quando a primeira procissão foi realizada, em 1793, com transporte da imagem de Maria em carro de boi, até os dias atuais, representados por fotos, mantos, brinquedos populares e réplicas em cera de partes do corpo humano deixadas pelos devotos durante do evento.

Para completar o tour museológico, confira as exposições de arte do Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, arrendado pelo governo estadual em 2001, e os acervos arqueológico e de artes visuais do Museu do Estado do Pará, instalado no Palácio Lauro Sodré.




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