Política Titulo Falta de iluminação
Questionado por munícipe, Luiz Marinho ataca o Diário

Morador cobra prefeito de São Bernardo sobre falta de iluminação em praça do Pq.Havaí e petista critica jornal

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
23/06/2015 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), voltou a ofender o Diário, desta vez em plenária do OP (Orçamento Participativo). Ao ser cobrado por falta de investimento no Parque Havaí, Marinho optou por atacar o jornal em vez de justificar a ausência de políticas públicas no bairro onde era realizado o OP.

Na quinta-feira, um morador perguntou ao prefeito por que a praça localizada na Rua Juiz de Fora continuava sem iluminação, a despeito de várias solicitações à administração petista – o fato foi tema de reportagem do Diário na quarta-feira. “Alguém, aliás, escreveu na coluna do leitor de um jornaleco aqui da região (sobre o assunto)”, introduziu Marinho.

O munícipe logo rebateu. “Eu também fui à Rede Fácil (central de atendimento da Prefeitura para coleta de demandas populares). Não é lá que a gente tem de ir? Eu fui lá também”, retrucou. “Há outros canais que você pode escolher, não esse”, respondeu Marinho. “‘Esse’ que o sr. diz é o jornal? No Diário do Grande ABC?”. “É esse mesmo. Aquela porcaria de jornal. Naquele que você escreveu”, afirmou o petista, deixando o clima tenso.

O morador logo contestou as falas do chefe do Executivo. “Mas você leu (o Diário). Você lê”, argumentou, causando risos da claque de comissionados do governo e de secretários do Paço.

“Tenho obrigação de ofício. Esse jornal fala um monte de mentira, um monte de asneira, um monte de exagero. E eu leio só para saber as bobagens que estão falando. Se alguém quer chegar a mim, esse aqui é o processo”, alegou, sobre as plenárias do OP.

Não é a primeira vez que Marinho tenta responsabilizar o Diário por ineficiência de sua gestão ou de fracassos de suas manobras políticas. Durante a eleição presidencial do ano passado, o petista utilizou várias vezes do expediente para defender sua gestão e sustentar que a presidente Dilma Rousseff (PT) tinha de ser reeleita – ele era coordenador da campanha petista e viu Dilma ser amplamente derrotada pelo oposicionista Aécio Neves (PSDB) na região.

Quando tentou mudar estatuto do Consórcio Intermunicipal e buscar a segunda reeleição seguida – o que é vetado –, Marinho também culpou o Diário. No fim do ano passado, ele chamou os demais prefeitos e externou sua vontade de continuar à frente da entidade e, para isso, teria de alterar as regras do colegiado. O jornal denunciou a manobra, que não vingou.

“Eu tenho vontade de cuidar da minha vida. Peço a vocês que me permitam. Eu acho desrespeitoso o modo que o Diário me trata. Sinceramente, desrespeitoso. Eu nunca falei que desejaria ter terceiro mandato para ser tratado deste jeito. ‘Eu mando, eu exijo’, que conversa é essa? Aprenda a fazer jornalismo, pelo amor de Deus”, declarou, à época. Ele teve de apoiar a eleição do prefeito de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão (PSDB). 




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