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Montadoras tentam evitar greve geral no Grande ABC
Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
15/09/2010 | 07:15
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Depois de quase duas semanas de mobilizações e pequenas paralisações nas linhas de produção, o grupo das montadoras, representado pelo Sinfavea (Sindicato Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), decidiu voltar a negociar com a categoria índice de reajuste salarial dos metalúrgicos e, assim, evitar uma greve geral.

A base patronal chamou os sindicatos ligados à FEM-CUT/SP (Federação dos Sindicatos Metalúrgicos da CUT de São Paulo) para reunião hoje, às 14h - exatamente no mesmo horário em que termina o prazo legal para que a categoria inicie greve geral por tempo indeterminado.

Na segunda-feira, o documento de aviso de paralisação foi encaminhado ao Sinfavea pelo presidente da FEM-CUT/SP, Valmir Marques, o Biro Biro. No mesmo dia, cerca de 13 mil trabalhadores em montadoras (Volkswagen, Ford e Mercedes-Benz) de São Bernardo participaram de assembléias e protestos, que incluíram paralisações. Os atos, seguidos de protestos e passeatas internas, paralisaram a produção das 5h15 às 10h, período que variou em cada fábrica, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

Na última assembleia, realizada no sábado, 10 mil metalúrgicos rejeitaram a proposta de reajuste salarial de 7%. A categoria almeja, ao menos, conquistar índice de 9% - somada a reposição da inflação (de 4,2%), mais o aumento real - na campanha deste ano.

"Fechamos com os demais grupos patronais com 9% de aumento salarial. Este é o parâmetro. Queremos buscar na negociação um consenso que atenda esta nossa expectativa", diz Biro Biro.

Na segunda-feira, os 11 mil funcionários da GM (General Motors), aprovaram junto ao Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, reajuste de 9%, mais abono de R$ 2.200.

A base do sindicato da região tem 101,4 trabalhadores, desse total mais de 32 mil trabalham nas montadoras.

Máquina e eletrônicos assinam convenção na sexta-feira
Na sexta-feira (17), a FEM-CUT/SP (Federação dos Sindicatos Metalúrgicos da CUT de São Paulo) e os sindicatos metalúrgicos filiados assinarão a CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) com a bancada patronal dos setores de máquinas e eletrônicos (Grupo 2).

A bancada patronal pagará o aumento salarial de 9% (4,29% de reposição da inflação, calculada pelo INPC-IBGE da data-base da categoria, 1º de setembro, e mais 4,52% de aumento real).

O Grupo 2 vai pagar o aumento salarial de 9% até o teto salarial de R$ 4.968,46 e acima deste valor será incorporado nos salários o valor fixo de R$ 447,16. Nos pisos, os reajustes também serão de 9% e para as empresas com até 50 empregados, passará de R$ 767 para R$ 836,02; para as fábricas que têm de 51 a 500 trabalhadores, o valor subirá de R$ 813,64 para R$ 886,87 e acima de 500 funcionários, o valor passará de R$ 896,55 para R$ 977,24. Cerca de 40 mil metalúrgicos nas fábricas do setor em todo o Estado serão beneficiados.

Também já assinaram a CCT com a Federação, as bancadas patronais patronais que representam os setores de autopeças, forjaria e parafusos (Grupo 3); trefilação, laminação de metais ferrosos; refrigeração, equipamentos ferroviários, rodoviários entre outros (Grupo 8) e Fundição. As novas CCTs terão a vigência de um ano (1º de setembro de 2010 a 31 de agosto de 2011).




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