Política Titulo Negociação
Governo Grana mantém índice de reajuste e Sindserv rejeita proposta

Paço oferece 8,21% divididos em três parcelas; categoria cogita greve

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
06/05/2015 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


Em encontro ontem com representantes do Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos) de Santo André, a administração do prefeito Carlos Grana (PT) manteve o índice de reajuste salarial em 8,21%, dividido em três parcelas, o que desagradou a categoria. A proposta foi rejeitada em assembleia do funcionalismo, que cogita greve por conta da falta de consenso – a classe exigia mínimo de 8,49% de inflação, de acordo com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), mais 11% de reposição. Para seguir com o patamar, o governo petista justificou a dificuldade financeira enfrentada devido à queda na receita.

O Paço afirmou que a proposta traz acréscimo de R$ 16,9 milhões ao Orçamento, incluindo vencimentos e 13º salário, e tem como estimativa dar continuidade à mesa de negociação permanente para solucionar os problemas que foram apontados durante a discussão do acordo coletivo. A proposta prevê o pagamento da primeira parcela de 3%, em 1º de abril, retroativo, a segunda de 3%, em dezembro, e a última de 2%, em abril de 2016, adicionando juros sobre juros. Demais benefícios como auxílio babá, vale-refeição, auxílio-distância e seguro de vida tiveram reajuste de 8,13%.

O secretário de Administração, Antônio Leite (PT), havia informado que a Prefeitura estava impossibilitada de elevar a proposta, oferecida em abril. A gestão, inclusive, segundo o titular responsável pela negociação, excluiu os funcionários comissionados da cota de reajuste – são 450 servidores apadrinhados, nomeados no Paço sem concurso público. A medida de contenção de custos, segundo ele, vai gerar economia de R$ 2,2 milhões.

O presidente do Sindserv, Carlos Alberto Pavan, sustentou que daqui dez dias tem reunião marcada no sindicato com “indicativo de paralisação a partir do dia 20”. “Se a categoria sentir que existe mobilização, entramos em greve. A folha de pagamento representa apenas 37%. A remuneração de várias categorias está abaixo do piso de outros municípios”, disse, ao analisar que o servidor “não é culpado do deficit do Paço”. “Todos (políticos que assumem o governo) culpam a gestão anterior. Se formos considerar, vai parar no João Ramalho (fundador de Santo André)”, ironizou.




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