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Suicídio cresce entre soldados dos EUA no Iraque
Da AFP
26/03/2004 | 15:04
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Um estudo divulgado na quinta-feira revela que ocorrem mais suicídios entre os soldados mobilizados no Iraque do que no resto do Exército dos Estado Unidos. Enquanto isso, o novo ministério da Defesa do país a anunciou que terá, sob sua autoridade, uma unidade para lutar contra os numerosos atentados terroristas realizados desde que começou a ocupação.

"Esta unidade especial que está sendo treinada para lutar contra o terrorismo estará sob a autoridade do ministério da Defesa", declarou à imprensa um alto representante da coligação em Bagdá, que pediu para não ser identificado. Os membros desta unidade foram "especialmente selecionados e seu primeiro destacamento entrará em operação em breve", acrescentou, se negando a dar detalhes sobre os efetivos e determinar se eram treinados no Iraque ou no exterior.

O Iraque foi alvo de vários atentados suicidas com carro-bomba e outros ataques desde que foi ocupado pelas forças da coalizão comandada pelos Estados Unidos. O administrador civil americano, Paul Bremer, anunciou na quarta-feira a criação nesta semana de um novo ministério da Defesa para substituir o antigo, que foi dissolvido em maio de 2003, após sua nomeação e chegada a Bagdá.

Suicídios - Paralelamente, um estudo divulgado na quinta-feira nos Estados Unidos revela que os soldados mobilizados no Iraque se suicidam mais do que os do resto do Exército americano. A taxa de suicídio é de 17,3 por 100 mil soldados no Iraque, contra 12,8 em todo o Exército americano.

O levantamento foi realizado por um médico militar após uma série de suicídios em julho. Ainda assim, o número de suicídios de soldados americanos no Iraque é inferior à média registrada entre a população dos Estados Unidos com idade entre 20 e 34 anos: 21,5 por 100 mil habitantes.

Dos 756 soldados entrevistados, 52% informaram que estavam desanimados ou muito desanimados, enquanto 72% declararam que o mesmo ocorria com os outros integrantes de suas unidades. Este estado se explica essencialmente pela incerteza sobre a duração de sua permanência no Iraque, argumento dado por 87% dos militares.

Já 71% dos pesquisados destacam a longa duração da missão, 57% o afastamento da família e 55% a falta de espaço privado. Os soldados mobilizados no território iraquiano mostram "um nível elevado de preocupações relacionadas com sua saúde, pouco ânimo e um espírito de coesão débil", conclui o relatório.




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