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Militantes são acusados de vandalismo

Diretoria estadual de ensino em S.Bernardo registra BO contra integrantes da Apeoesp ligados a PT, Psol e PSTU que invadiram a sede da entidade

Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
03/04/2015 | 07:00
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A diretoria regional de ensino em São Bernardo, vinculada à Secretaria estadual de Educação, registrou BO (boletim de ocorrência) por dano ao patrimônio público, lesão corporal e violação de domicílio contra integrantes da subsede da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) na cidade, em decorrência da invasão à entidade pelo grupo, ocorrida na quarta-feira. Quatro militantes estão identificados no documento, todos ligados a partidos de oposição ao governador Geraldo Alckmin (PSDB): Aldo dos Santos (Psol), Paulo Neves (Psol), Wagner Poleto (PSTU) e Vera Zirnberger, apoiadora do PT.

O BO relata como vítimas da ação “violenta” de um grupo de até 30 pessoas ligados a Apeoesp o segurança do local Valdeir Andreza de Souza e a recepcionista Adriana dos Santos de Alfredo. O documento descreve que um dos manifestantes, não identificado, teria esmurrado até quebrar a porta de vidro da recepção, adentrar ao recinto e empurrar Adriana em cima dos estilhaços de vidro, causando lesões corporais. Já Valderi alegou que manifestantes tentaram “tomar” seu revólver de calibre 38 e, quando ele impediu a ação, foi acusado de sacar a arma contra os protestantes.

A intenção dos sindicalistas era se reunir com a chefe de diretoria regional de ensino, Suzana Aparecida Dechechi de Oliveira, para propor acesso livre da Apeoesp às escolas do Estado e impedimento da atividade de professores em substituição dos grevistas.

“A atuação do comando da greve é absolutamente democrática e transparente. Em nenhum momento tivemos atitude de violência. Lamentavelmente a diretoria coloca seguranças armados para receber os professores de forma agressiva, empurrando. Lamento o ocorrido. Estão criminalizando o movimento grevista nas escolas do Estado. Temos amparo legal. Se houve um culpado, foi a própria diretora de ensino que não recebeu os professores”, rebateu Aldo dos Santos, que rechaçou que a invasão tenha tido um viés político-partidário.

Ex-prefeiturável de São Bernardo pelo Psol, Aldo ainda chamou as acusações da diretoria de “infundadas” e avisou que a Apeoesp irá se defender. “É até estranho, porque a Suzana disse que não registraria um BO. Falou que a discussão era educacional e não criminal.”

A paralisação dos trabalhos na rede de Educação estadual já dura 17 dias. A principal reivindicação é de reajuste de 75,33%.

Alckmin contesta a greve na Justiça e argumenta ter acertado reajuste de 45% em quatro anos com a entidade. O tucano tem destacado que pagara, neste ano, R$ 1 bilhão em bônus por mérito aos professores, o maior valor da história. O Palácio dos Bandeirantes alega que o índice de comparecimento dos 230 mil docentes da rede foi de 92% na semana passada, enquanto o sindicato afirma ter adesão de 78% da categoria.




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