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Cresce número de shoppings de automóveis
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07/08/2006 | 07:46
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Praia de paulistano é o shopping center, costumam provocar os habitantes de outros Estados. Por comodidade, moradores da capital e da região metropolitana elegem os centros comerciais para compra de vestuário, alimentação, móveis e, agora, até de carros. Em menos de uma década, a Grande São Paulo ganhou nove shoppings especializados em veículos. Até o fim do ano, mais dois serão inaugurados.

Os auto shoppings também influenciaram o comportamento do consumidor, com a idéia que automóvel novo se compra no fim de semana. É no sábado e no domingo, quando as lojas de rua normalmente estão fechadas, que a maioria dos negócios é fechada. O conceito adotado por todos os auto shoppings é o de permitir ao cliente fechar o negócio em apenas uma parada.

Além de carros, os shoppings especializados têm venda de acessórios, financeiras, seguradoras, despachantes, lava-rápido, oficinas, praça de alimentação, área de lazer e até pista de teste. Tudo isso aliado à sensação de segurança em uma área fechada e com estacionamento.

“O auto shopping é uma peculiaridade do Brasil e em especial de São Paulo, maior centro consumidor do país”, diz Alexandre Dias, diretor do grupo Internacional, que no dia 1º de setembro vai inaugurar em Guarulhos o décimo centro automotivo da região metropolitana.

Nos EUA, por exemplo, há bairros dedicados ao comércio de carros, mas não é comum a venda em centros fechados. Os nove auto shoppings em funcionamento na Grande São Paulo reúnem 330 lojas que vendem em média 10,8 mil veículos por mês, além dos acessórios e da prestação de serviços.

O maior empreendimento nessa especialidade é o do grupo Cristal, com três shoppings, em São Bernardo e nos bairros Santo Amaro e Penha, na capital paulista. A quarta unidade será inaugurado em novembro, atrás do Center Norte, também em São Paulo.

“As pessoas não querem mais se deslocar para comprar roupa, móveis nem carros”, constata Marcos Sérgio Novaes, superintendente do Auto Shopping São Paulo, no complexo Aricanduva, na zona leste. Inaugurado em 1997, foi precursor da tendência de levar o comércio de carros para dentro do shopping e é o único a reunir apenas concessionárias.

Em Santo André, o Global, inaugurado há seis anos, e que conta com 60 lojas de veículos e 14 de serviços, vende 1,5 mil carros ao mês. “Muitas lojas de rua migraram ou abriram filiais no shopping”, diz Michelle Malfi, gerente de marketing.




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