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Mauá estuda outra opção para ciclofaixa

Avenida Capitão João é alternativa em análise após fim do trajeto no eixo Barão de Mauá

Por Vanessa de Oliveira
do Diário do Grande ABC
22/02/2015 | 07:07
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Nario Barbosa/DGABC


Após a suspensão da ciclofaixa de lazer no eixo Barão de Mauá, em Mauá, no fim do ano passado, a Prefeitura estuda implantá-la na Avenida Capitão João. A ideia foi apresentada na última quinta-feira pelo secretário municipal de Mobilidade Urbana, Azor Albuquerque, em reunião com o presidente da Ascobike (Associação dos Condutores de Bicicletas de Mauá), Adilson Alcântara.

Mantenedor do maior bicicletário da América Latina, instalado no Centro e com capacidade para 2.000 bicicletas, Alcântara cobrou explicações sobre o fim da ciclofaixa, que funcionava aos domingos e ligava a Praça da Bíblia ao Parque da Gruta Santa Luzia. “A ciclofaixa estava em crescimento, mais de 3.000 pessoas circulavam por ela. O secretário nos disse que está discutindo a possibilidade de implantar na Avenida Capitão João, do Parque Guapituba até o Paço Municipal, e a gente é favorável, já que não temos nada para o lazer do povo e a bicicleta é uma opção saudável”, falou o dirigente da entidade.

A administração municipal não confirmou a probabilidade, apenas informou que “está em estudo sua implantação em outra região da cidade, mas ainda sem definição” e que, por enquanto, não deve voltar ao eixo Barão.

A ciclofaixa de lazer foi implantada no dia 1º de junho em parceria com o governo do Estado, por meio da Selj (Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude) e a Federação Paulista de Ciclismo. Com trajeto de 12 quilômetros, entre ida e volta, foram investidos pelo Executivo estadual R$ 500 mil para período de seis meses, com a perspectiva de o convênio ser renovado por mais seis. A Selj afirmou que, como não havia no contrato previsão de renovação automática, a gestão anterior da Pasta optou, no fim do ano passado, por não firmar outro acordo e levar a experiência a outras cidades.


O espaço reservado aos ciclistas na Avenida Barão de Mauá não agradou aos motoristas devido ao congestionamento que se formava na ocasião, já que uma faixa era fechada para automóveis e algumas ruas precisavam ser interditadas para a passagem das bikes. Antes mesmo de completar seis meses, a ciclofaixa foi desativada, em outubro.

A Prefeitura afirma que o convênio com o governo do Estado expirou no dia 28 de dezembro e que, durante sua realização, foram necessárias suspensões pontuais, por determinação da Justiça Eleitoral, no primeiro e segundo turnos das eleições e para manutenção da via, como operação de tapa buraco e pintura de solo.

Quem é adepto da bicicleta, como o ajudante-geral Luiz Paulo Mendes dos Santos, 26 anos, anseia pela volta do projeto. “Além de a ciclofaixa oferecer segurança a quem anda de bicicleta, é um espaço primordial para as famílias se reunirem no fim de semana e desfrutarem de esporte e lazer.”


Em Santo André, espaço funciona aos domingos

Sem funcionar no último domingo por conta do Carnaval, a ciclofaixa de lazer de Santo André volta a operar normalmente hoje. Na semana passada, a suspensão se deu em virtude de o DET (Departamento de Engenharia de Tráfego) estar mobilizado para a realização dos desfiles carnavalescos na cidade, além de promover a escolta de diversos carros alegóricos das escolas de samba.

Com 10,1 quilômetros de faixas destinadas para as bicicletas, das 8h30 às 14h30, a estrutura conta com 90 monitores e mantém agentes no percurso com motos e viaturas, estrategicamente distribuídos em pontos fixos e itinerantes. São disponibilizados 1.500 cones que separam o tráfego de veículos.

O circuito tem como ponto de partida o Paço Municipal, seguindo pela Perimetral, Santos Dumont, Artur de Queirós, General Glicério, Industrial, Parque Prefeito Celso Daniel, Rua Padre Vieira e Rua das Figueiras. A montagem dos cones é feita a partir das 6h30 e a desmontagem até as 16h em toda a extensão do trajeto. Durante esta faixa de horário, está proibido o estacionamento de veículos nestas vias.

Implantada no dia 1º, a estreia reuniu total de 6.560 ciclistas. A grande adesão fez com que duas empresas do ramo de seguros se interessassem em patrocinar a iniciativa, que tem investimento estimado em R$ 5 milhões. O valor é oriundo do Fundo Municipal de Trânsito, reserva que, entre outras fontes, contabiliza recurso arrecadado com multas e só pode ser utilizada em atividades da área. 




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