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Vereador do PC do B apresenta programa em rádio pirata de Mauá
Gislayne Jacinto
Do Diário do Grande ABC
21/03/2004 | 19:05
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O vereador Silvar Silva Silveira (PC do B) tem apresentado um programa em uma rádio pirata em Mauá, denominada Nova Era. Segundo o Diário apurou junto ao setor de fiscalização da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), o veículo não tem licença para funcionamento. Segundo o órgão, as rádios comunitárias irregulares estão sujeitas à lacração de equipamentos e, na reincidência, a PF (Polícia Federal) pode ir ao local. De acordo com a Anatel, as rádios comunitárias necessitam de autorização do Ministério das Comunicações para entrar no ar.

Silvar, segundo vereador mais votado na cidade nas eleições de 2000 com 4.223 votos, confirmou que faz o programa, mas também participa de outras. “Não é só na Nova Era. Participo de outras rádios quando me convidam. Vou em rádio oficial e não-oficial porque sou um homem público”, afirmou.

O vereador, que também é advogado, disse não ver problemas em participar de rádios comunitárias não-legalizadas. “Para mim é uma honra. Nossa bandeira de luta é legalizar as rádios comunitárias. Essa bandeira é do PC do B”, afirmou.

Segundo o parlamentar, as rádios no Brasil são elitizadas. “É preciso chegar aos pobres, à classe baixa. No meu entendimento, a rádio comunitária permite que isso aconteça.” Ele afirmou que, junto com o deputado federal Jamil Murad (PC do B -SP), tem um proposta para a legalização de todas as rádios comunitárias. “A idéia é conseguir a ampliação da freqüência.”

Ao ser questionado se precisa pagar para que o seu programa seja transmitido, Silvar disse que não. “Não pago nada. Eu sou convidado a participar.”

O Diário gravou o programa de Silvar da última quarta-feira, quando o vereador relatou um crime, no qual um filho matou o criminoso que queria estuprar a sua mãe. Silvar disse que entraria na Justiça com um pedido de habeas-corpus para libertar o rapaz que, na sua opinião, agiu em legítima defesa.

O vereador, que usa o estilo do apresentador Gil Gomes para narrar as histórias, disse que “trata-se de um programa de cidadania”. O programa vai ao ar meio-dia e tem a duração de uma hora.




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