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São Caetano terá radar em janeiro
Rodrigo Cipriano
Do Diário do Grande ABC
29/12/2005 | 08:35
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O trânsito de São Caetano passa a ser fiscalizado por radares a partir de 16 de janeiro. Parte dos equipamentos já começou a ser instalada na cidade e desde o início desta semana a Prefeitura faz distribuição de panfletos em comércios populares, alertando os motoristas sobre a novidade e justificando a adoção da medida. O projeto que prevê a implantação de radares em São Caetano foi anunciado em maio pelo prefeito José Auricchio Júnior (PTB) e deve gerar em 2006 um aumento de 50% no valor arrecadado com multas na cidade.

Em 2005, São Caetano somou R$ 3 milhões com infrações de trânsito. Em 2006, a cifra deve saltar para R$ 4,5 milhões, segundo a Prefeitura. O valor é baixo se comparado com os R$ 49,5 milhões que São Bernardo deve acumular com multas em 2006. Mas o aumento de 50% na arrecadação no comparativo com 2005 é o maior entre todas as sete cidades do Grande ABC. Ao lado de Rio Grande, São Caetano era a única cidade da região que ainda não contava com radares, restringindo a fiscalização de trânsito à Guarda Municipal e à Polícia Militar.

Às vésperas, da implantação dos radares, a prefeitura ainda faz mistério sobre a mudança de fiscalização em São Caetano. O futuro dos GCMs encarregados pela aplicação de multas ainda não foi revelado pela administração. Também é oculto o contrato entre o município e a empresa que em outubro venceu licitação para administrar os radares da cidade. Em algumas cidades, como Santo André, é pago uma espécie de aluguel pelo uso do equipamento. Em outras, a compensação se dá a partir de um percentual sobre o valor de cada multa aplicada.

Também não foi divulgado o número de radares que serão instalados na cidade e o endereço exato dos equipamentos. O mapa só deve ser divulgado na próxima semana. Sabe-se que pelo menos sete vias terão câmeras: avenidas Guido Aliberti, dos Estados, Goiás, Presidente Kennedy, Tijucussu; ruas Alegre e Oswaldo Cruz. Dois desses corredores já têm radares instalados – Guido Aliberti e Kennedy.

Por enquanto, a adoção dos radares é tratada com cuidado na Câmara de São Caetano. A maioria da casa integra a base de sustentação do prefeito, mas para o vereador Horário Neto (PSOL) uma mobilização na cidade causada por um eventual “excesso ou abuso” pode balançar as alianças e forçar a Prefeitura a recuar. Além dos radares fixos – para controle de velocidade e avanço de semáforo –, a cidade também terá equipamentos móveis e lombadas eletrônicas.

O objetivo é reduzir o número de acidentes em São Caetano. De janeiro a julho deste ano foram 1.175 batidas – 537 das quais com vítimas. Estima-se que 80% das colisões tenham sido causadas por excesso de velocidade. Nas ruas, a adoção de radares como alternativa para reduzir esse quadro é polêmica. “Os radares são bons. As pessoas tomam mais cuidado na rua. Mas o preço da multa é muito salgado”, diz o taxista Roberto da Cruz Romera, 52 anos.

Mauá – Estão em operação desde o dia 15 os 12 novos radares fixos que começaram a ser instalados em setembro nas ruas de Mauá. Os equipamentos estavam desativados, à espera de aferição do Inmetro. As câmaras ficam nos mesmos endereços que antes eram ocupados por radares móveis: avenidas Alberto Soares Sampaio, junto aos números 1.098 e 1.240; Antonia Rosa Fioravante, próximo ao Mauá Plaza Shopping; Papa João XXIII, nos dois sentidos junto ao número 1.413; Capitão João, no número 1.974, e no cruzamento com a rua Luiz Tonelloti; Comendeador Wolthers, 500; Barão de Mauá, nos dois sentidos próximo à rua São João; Castelo Branco com a rua Cineasta Glauber Rocha; e no número 216 da rua Oscarito.




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