Política Titulo São Bernardo
Oposição aperta por atividade delegada
Por Fabio Martins
Do Diário do Grande ABC
24/12/2014 | 07:00
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A oposição ao governo do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), vai iniciar pressão no ano que vem pela implantação de atividade delegada na cidade. Integrante da bancada contrária às ações da administração petista, o vereador Julinho Fuzari (PPS) promete espalhar cinco estandes, espécie de gabinetes móveis, por bairros para coletar adesões a abaixo-assinado. O projeto formaliza o ‘bico’, prevendo a contratação de policiais militares em dias de folga para trabalharem fardados em prol da Prefeitura, reforçando o patrulhamento do município.

“Protocolamos essa bandeira no gabinete do prefeito e pedi audiência com o Marinho. Há muita reclamação de munícipes que relatam falta de segurança. Por isso, vamos para a rua, objetivando esse abaixo-assinado para entregar no eventual encontro (com o petista)”, justificou o popular-socialista, que já teve outra solicitação de reunião renegada pelo Paço. Para que a operação seja, de fato, iniciada, é preciso que a SSP (Secretaria de Estado da Segurança Pública) e o comando da PM (Polícia Militar) oficializem convênio em parceria com o governo municipal, a partir de decreto que sinalize interesse local no programa.

Julinho destacou a existência de estudos que indicam a “queda considerável” nos índices de criminalidade após a implementação da atividade delegada. “Na cidade de Taubaté, a diminuição foi de 80% nos números de roubos e furtos. Em Porto Ferreira, a operação rendeu baixa de 60%. Já em São Caetano, por sua vez, município vizinho, caiu 49,5%”, alegou o parlamentar, acrescentando que “a população não pode ficar à mercê da bandidagem por politicagem” ao lembrar que o projeto é ligado ao governo de São Paulo, comandado pelo tucano Geraldo Alckmin.

Das sete cidades do Grande ABC, apenas São Caetano fechou pacto com o Estado e aderiu ao sistema. A assinatura do programa demandou ao Paço investimento anual de aproximadamente R$ 800 mil. Ribeirão Pires possui lei que permite a atividade delegada, entretanto, em outra oportunidade, a Prefeitura informou que não há prazo para que o projeto seja implantado. Santo André, São Bernardo, Mauá e Diadema já declararam não ter interesse em firmar parceria no momento.

GCMs
Com a atividade, São Bernardo, segundo o popular-socialista, poderia ter o fortalecimento da GCM (Guarda Civil Municipal) na porta das escolas e áreas públicas. “Tem jeito para valorização dos dois lados, o que daria maiores condições de segurança”, frisou Julinho. 




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