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Mãe usava filha no tráfico de drogas
Por Illenia Negrin
Do Diário do Grande ABC
15/01/2006 | 09:14
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Duas meninas, de 12 e 9 anos, foram flagradas pela polícia de Santo André na favela do Sacadura Cabral levando drogas na mochila na manhã de sexta-feira. Vindas do bairro da Liberdade, na capital, elas fari-am a entrega de de 125 gramas de maconha na região, mas não sabiam que levavam entorpecentes na bolsa. As garotas chegaram de ônibus, sozinhas, a mando de Luzinete Alves Riqueza, 24 anos, responsável pelo envolvimento da irmã caçula e da filha no tráfico, de acordo com a polícia. Luzinete, que te-ria dito ser ser garota de programa, foi presa, assim como Maria Praxedes, 37 anos, moradora do Sacadura Cabral e acusada de ser receptora da encomenda.

R.G.A, 12 anos, e a sobrinha M.R.S, 9, saíram cedo de casa, na capital, com as instruções a-notadas num pedaço de papel que ensinava como chegar a Santo André. O bilhete indicava que, uma vez no Sacadura Cabral, procurassem a "rua Luís de Tamonhe". Como não encontravam o endereço, começaram a vagar pela favela. A polícia, que realizava ronda na área, percebeu que as meninas estavam perdidas, e que na verdade buscavam a rua Luiz de Camões. A mochila, carregada por M., foi revistava e a droga, encontrada.

R. e M. teriam explicado à polícia que vinham da capital, orientadas por Luzinete. A polícia foi até a Liberdade e prendeu a mulher em flagrante por tráfico de drogas. De volta a Santo André, localizaram Maria Praxedes. As duas foram encaminhadas à Cadeia Pública Feminina de São Bernardo. M. e o irmão de 4 anos, agora, vão morar com os avós maternos. O pai das crianças e ex-marido de Luzinete também está preso, segundo amigos da família, por tráfico de drogas.

O delegado do 4º DP de Santo André, Roberto Von Haydin Jr., diz que vai investigar a ligação de Luzinete e Maria com os traficantes na região. "Ainda não sabemos qual a modalidade do tráfico praticada por e-las. Pode ser que Luzinete estivesse pagando uma dívida com Maria, por exemplo. Ou que faça parte de um esquema maior".

A família de Luzinete passou cerca de 10 horas no 4º DP de Santo André. Na noite de sexta, quando as meninas foram liberadas, M., que já brincava com os policiais, custou a deixar a delegacia. Saiu de lá soluçando, pedindo por Luzinete. "Não queria ficar longe da mãe".




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