A Polícia Militar iniciou as blitze para fiscalizar o cumprimento da Lei Seca no Grande ABC. Na Avenida Papa João 23, em Mauá, o auxiliar de produção Hugo Messias Santana, 26 anos, foi levado para o 1º Distrito Policial depois de ser flagrado pelo teste do bafômetro, na madrugada de terça-feira. O aparelho teria acusado a quantia de 0,4 g de álcool por litro de ar expelido (o permitido é até 0,2 g).

Como Santana discordou do índice apontado pelo aparelho e não apresentava sinais de embriaguez, o delegado plantonista Hélio Hotts solicitou uma coleta de sangue para confirmar a presença correta do nível de álcool. O rapaz perdeu a carteira de habilitação, mas foi liberado após fazer o exame. "Eu não bebi nem uma garrafa de cerveja e estava bem. Esta lei é muito dura, a polícia deveria avaliar cada caso individualmente", reclama Santana.

O delegado Hélio Hotts acredita que as novas regras exigem uma mudança de comportamento que virá aos poucos. "Todos nós temos de nos adaptar a algo que será melhor para a sociedade."

Na noite de segunda-feira a Polícia Militar montou um bloqueio na Avenida Fábio Eduardo Ramos Esquível, em Diadema. Motoristas de carros e motos eram parados e convidados a fazer o teste do bafômetro, mas ninguém foi detido.

Mais unidades - O governo do Estado informou terça-feira que vai investir R$ 2,6 milhões na compra de 400 bafômetros até o final do ano. Do total, 102 aparelhos irão para a Capital e o resto (298) para as outras cidades paulistas.

Recentemente, a Polícia Rodoviária recebeu 62 bafômetros comprados pelo DER (Departamento de Estradas e Rodagem). Com a aquisição, que quadruplicou o número de aparelhos disponíveis, a operação Direção Segura nas estradas estaduais passará a empregar um total de 79 equipamentos. Todo pelotão de Polícia Rodoviária tem pelo menos um aparelho.