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Garota é morta e irmã é ferida em suposta vingança
Gabriel Batista
Do Diário do Grande ABC
24/08/2004 | 14:20
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C.R.C, 17 anos, foi morta com um tiro na nuca por volta das 22h de domingo, em Ribeirão Pires. Ela e sua irmã de criação, a estudante S.S., também de 17, voltavam a pé de um clube para casa, em Rio Grande da Serra, quando foram surpreendidas por um homem armado na rua Kaethe Richers - próximo ao viaduto Ponte Seca, na rodovia Índio Tibiriçá. S.S. também foi baleada no rosto e no tórax e está internada em estado grave. A hipótese mais provável para a motivação do crime é o fato de S. ter testemunhado um assassinato.

Ela contou aos policiais militares que a socorreram que um ex-interno da Febem, conhecido como Felipe e que já teria matado várias pessoas na região, foi quem atirou nas duas. Segundo a vítima, ele primeiro tentou estrangulá-la. Depois, disparou duas vezes. Ela ficou tão atordoada que contou não saber o que acontecera com sua irmã. A jovem foi encontrada por policiais no local. Um carro da PM que fazia ronda nas proximidades encontrou a menina ferida gritando por socorro.

C. foi encontrada morta por volta das 4h desta segunda. Foi a própria família da garota que localizou o corpo e ligou para a polícia, após passar a madrugada fazendo buscas. S. foi levada ao hospital Nardini, em Mauá, onde foi internada em estado grave e permanecia sedada até a tarde desta segunda.

De acordo com pessoas ligadas à vítima, S. presenciou um assassinato que teria sido cometido pelo tal Felipe. Ela também teria prestado depoimento contra o acusado, o que teria contribuído para que ele fosse detido na Febem. Segundo a pessoa ouvida pelo Diário, Felipe teria jurado de morte a vítima que sobreviveu. “Ele saiu há cerca de um mês e foi se vingar de S.”, disse.

A polícia considera esta a hipótese mais provável para o crime, embora não saiba dizer qual teria sido o homicídio testemunhado pela garota. “É o que também suspeitamos”, afirmou o delegado titular da Delegacia Sede de Ribeirão Pires, Plínio Jubram.

Nesta segunda, a polícia já tinha a identificação de um suspeito, mas preferiu não divulgar o nome. Investigadores da Delegacia Sede começaram a procurar o acusado na tarde desta segunda. “Acredito que estamos no caminho certo, mas é bom ter cautela”, afirmou Jubram.

Carolina estava no 1º Colegial e deve ser enterrada nesta terça, em Rio Grande da Serra. Na tarde desta segunda, um oftalmologista e um neurologista iriam avaliar os estado de S. para saber se ela estaria em condições de passar por um cirurgia.




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