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Sem HU, São Bernardo não teria leitos de UTI suficientes para suprir demanda

Equipamento inaugurado dia 15 foi essencial; cidade recebe dez respiradores

Por Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
02/06/2020 | 00:01
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Celso Luiz/DGABC


São Bernardo é a principal prova de que uma semana é suficiente para mudar completamente o cenário quando se trata da Covid-19. No dia 25, a cidade tinha 71% dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) exclusivos para tratar pacientes acometidos com a doença ocupados, marca que subiu para 81% no fim de semana – e fechou em 77%, ontem. Isso mostra que, não fosse a inauguração do Hospital de Urgência, dia 15, o município teria colapso no sistema de saúde público.

A abertura do Hospital de Urgência, no Centro, incrementou a rede em 40 leitos de UTI de forma imediata. Com isso, a cidade passou a oferecer 111 acomodações deste tipo. No fim de semana, 90 pessoas estavam internadas no setor e 85 seguiam hospitalizadas com cuidados especiais ontem.

Para dar um respiro no sistema, a cidade comemora o recebimento de mais dez respiradores ontem, o que vai permitir a abertura de mais dez leitos de UTI no Hospital de Urgência, que ainda tem capacidade para mais 30 acomodações.

“Acabamos de receber doação que veio do governo do Estado, enviada pelo Ministério da Saúde. São respiradores, o equipamento mais desejado do mundo. Na UTI, quando o caso do paciente é agravado, isso é de extrema necessidade. Estamos recebendo dez respiradores, nosso Hospital de Urgência já tinha 40 UTIs funcionando com 40 respiradores. Nós temos mais 40 UTIs disponíveis, então, a partir de amanhã (hoje) aumentamos em mais dez UTIs disponíveis para o tratamento de Covid na cidade”, comemorou o prefeito Orlando Morando (PSDB), em vídeo publicado ontem à noite em suas redes sociais. O chefe do Executivo não deu prazo para a incorporação dos outros 30 aparelhos que são esperados.

Secretário municipal de Saúde e integrante do Comitê de Contingência no combate ao coronavírus de São Paulo, Geraldo Reple Sobrinho garantiu que, mesmo com o crescimento dos casos na cidade, nenhum morador vai ficar sem atendimento. “Isso (respirador) é a divisa entre a vida e a morte. Quando a pessoa está com caso bastante grave, um aparelho como esse é diferencial. Com ele conseguimos ter muito mais tranquilidade. Com certeza, compromisso nosso, nenhum munícipe de São Bernardo vai ficar sem assistência e cada vez mais podemos dar garantia e segurança para todos”, comentou. 




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