Economia Titulo Prateleiras Vazias
Consumo dispara nas farmácias da região

Estabelecimentos do Grande ABC já têm falta de medicamentos em razão da pandemia

Por Derek Bittencourt
do Diário do Grande ABC
20/03/2020 | 00:04
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A pandemia do novo coronavírus tem levado muitas pessoas às farmácias e drogarias. E a busca, antes centralizada em álcool gel e máscaras de proteção, se estendeu também para medicamentos e outras substâncias que não dependem de receita médica e têm desaparecido de gôndolas e prateleiras. Ontem, em visita a comércios deste tipo no Grande ABC, foi possível perceber que analgésicos e antitérmicos, além de própolis e soro fisiológico – este auxilia no aparelho respiratório – vêm tendo grande demanda e alguns dos estabelecimentos não têm conseguido repor prontamente.

Isso porque os distribuidores estão sem estoque de mercadorias e não têm encontrado nem mesmo com os fabricantes para repor, sobretudo remédios à base de paracetamol, dipirona e vitamina C.

“Tem gente pegando remédio para três meses, para evitar sair de casa. Estão levando para estocar, porque não sabem até quando vai durar (a pandemia)”, contou Débora Fernandes Batista Menegini, 31 anos, proprietária da Farma Domínio, em Santo André.

“Não sei se os fornecedores não estavam preparados. Aumentou muito a saída de dipirona e paracetamol, também não tenho mais nenhum termômetro”, continuou ela, que recebeu um comunicado do fornecedor de própolis dizendo que novos pedidos estavam cancelados. “Têm saído reportagens indicando que vitamina C e própolis auxiliam na imunidade, então as pessoas estão tomando acreditando que ficam mais resistentes”, comentou Débora.

Segundo funcionário de grande rede de farmácias que preferiu não se identificar, idosos são os que mais vêm estocando medicamentos em casa para não precisarem ficar expostos ao contágio. Entretanto, segundo indicações da OMS (Organização Mundial da Saúde), as pessoas devem evitar inclusive a automedicação e, ao sentirem sintomas mais severos, o indicado é procurar postos médicos.

Outro farmacêutico que preferiu o anonimato disse que carregamentos de álcool gel em 70% (antisséptico) estão se esgotando em apenas duas horas, e que a procura pela substância é constante, 24 horas por dia. Em outra unidade, o item já não chega às prateleiras há pelo menos seis dias. (colaborou Vanessa Soares) 




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