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Banco dos Brics acena para recursos à região

NBD disponibiliza aporte para obras de Mobilidade e saneamento; ofício é encaminhado ao Consórcio

Humberto Domiciano
Do Diário do Grande ABC
08/11/2017 | 07:00
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O NBD (Novo Banco de Desenvolvimento), conhecido também como o Banco dos Brics, bloco de países emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia, China e Rússia, pode financiar projetos de Mobilidade e saneamento no Grande ABC.

O deputado federal Alex Manente (PPS) realizou recentemente viagem à China, onde participou de reuniões do NBD, em Xangai. O parlamentar encaminhou, nesta semana, ao Consórcio Intermunicipal do Grande ABC ofício no qual especifica os requisitos para que os municípios da região possam requisitar empréstimos, como ter nota B na avaliação do Tesouro Nacional e ter mais de 100 mil habitantes.

Para o popular-socialista, que é presidente da Subcomissão de Mobilidade Urbana na Câmara, o encontro com o NBD serviu para mostrar os caminhos para obtenção de recursos junto ao banco. “Tivemos a oportunidade de conhecer o procedimento adotado e poderei colaborar na escolha dos projetos que poderão se inscrever, especialmente para cidades acima de 100 mil habitantes”, explicou.

Atualmente, o Consórcio Intermunicipal encontra dificuldades para viabilizar o Plano de Mobilidade Regional, que pleiteia captação de recursos para construção de 21 obras viárias, como a construção de corredores de ônibus, por problemas de repasse dos recursos na União.

A instituição financeira internacional disponibiliza linhas de financiamento de obras com juros subsidiados para auxílio no desenvolvimento de cidades – as taxas giram em torno de 1,1% ao ano de juros, além de carência de cinco anos para início do pagamento das parcelas.

As relações entre municípios, Estados e órgãos públicos brasileiros com o NBD ainda encontram-se em fase inicial. Neste ano, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) assinou contrato no valor de US$ 300 milhões para financiamento na área de energia renovável.

A parceria prevê projetos de geração eólica, solar, hidrelétrica (pequenas centrais hidrelétricas), a partir de biomassa, biogás e resíduos agrícolas. Estima-se que o empréstimo viabilizará investimentos que adicionarão em torno de 600 megawatts à capacidade de geração brasileira.

Alex destacou ainda que a China pode colaborar com o desenvolvimento econômico da região. “Entre as províncias que passamos, a maioria já possui acordo econômico com o Brasil e com o Estado de São Paulo. Nesta relação observamos novas parcerias que possam trazer investimentos, como transferência de tecnologia, mas não em infraestrutura, porque isso ficará com o banco dos Brics”, completou. 




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