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Zezé Di Camargo & Luciano com fôlego novo
Por Dojival Filho
Do Diário do Grande ABC
05/11/2008 | 07:00
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Após um período de turbulências, marcado pelos problemas vocais do cantor Zezé Di Camargo, os ‘dois filhos de Francisco' retornam aos holofotes e demonstram fôlego renovado para as gravações e a rotina de shows. Prova disso é o CD Zezé Di Camargo & Luciano (SonyBMG, R$ 20 em média), o 16º na discografia dos sertanejos, que encerra um hiato de três anos sem o lançamento de um álbum de estúdio.

Os fãs poderão conferir a nova safra de canções nos dias 12 e 13 de dezembro, às 22h, e 14, às 20h, no Credicard Hall (Avenida Nações Unidas, 17.955. Tel.: 2846-6010), em São Paulo. Os ingressos vão de R$ 80 a R$ 180.

INSATISFAÇÃO
O mais recente trabalho deveria ter sido lançado no primeiro semestre deste ano, conforme informou Zezé em entrevista concedida ao Diário em setembro de 2007. Entretanto, o intérprete ficou insatisfeito com sua performance. "Quando comecei a gravar, vi que não estava legal. Conheço muitas histórias de artistas que passaram por isso e ninguém ficou sabendo. Nunca escondi que tinha esse problema de desgaste das cordas vocais", afirma.

Na abertura do CD, há uma vinheta em que ele declama um texto sobre sua alegria pela recuperação da voz, depois de uma cirurgia bem-sucedida. Luciano mantém uma postura respeitosa, e até reverente, ao lado do irmão. "Vi que o Zezé enfrentou tudo isso e continuou cantando. Me deu uma vontade ainda maior de cantar."

DIVERSIDADE
Apesar de preservarem o romantismo com forte apelo radiofônico e a matriz sertaneja, Zezé e Luciano investem na diversidade de estilos. Não faltam no disco melodias açucaradas e os hits instantâneos que fizeram com que eles atingissem a expressiva marca de 26 milhões de álbuns vendidos, em 17 anos de trajetória, segundo a gravadora da dupla.

Mas os cantores, que realizam em média 120 shows por ano, têm consciência da variedade de seu público e se arriscam em interpretações de reggae e forró. "Não tem quem agüente ouvir um disco inteiro falando de dor-de-cotovelo", resume Zezé.

O cantor não economiza elogios ao grupo Roupa Nova, que escreveu o arranjo da balada Não Quero Te Perder. "Costumo dizer que o único defeito do Roupa Nova é que ele nasceu no Brasil. Se estivesse tocando e cantando no Exterior, ganharia milhões."

 




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