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Setor automotivo cresce 31,6% e renova recorde
Por Priscila Dal Poggetto
Do Diário do Grande ABC
08/11/2007 | 07:00
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Os esforços das montadoras para suprir a demanda nacional de veículos deram retorno: outubro se encerra como o melhor mês de produção da indústria automobilística. Segundo balanço da Anfavea (associação que representa as fabricantes), divulgado nesta quarta-feira, em 12 meses a produção de veículos aumentou 31,6%, para 299,3 mil unidades.

“Com mais uma hora de produção no mês chegaríamos nas 300 mil unidades”, brinca o presidente da Anfavea, Jackson Schneider. O comentário de Schneider soa como comemoração e alívio para a cadeia, já que a falta de produtos no mercado no primeiro semestre foi corrigida com mais contratações, aumento de turnos, ampliação das linhas e aquisição de novos equipamentos.

Para o diretor de marketing da marca Chevrolet (GM), Samuel Russell, as montadoras conseguiram reverter a defasagem na produção e, para o próximo ano, não haverá mais problemas com estoque . “No começo deste ano, ninguém esperava um mercado tão aquecido”, ressalta.

No acumulado de janeiro a outubro, a produção também chegou a um novo patamar. No período, saíram das linhas de montagem 2,48 milhões de veículos, crescimento de 12,8% sobre igual intervalo de 2006 (2,20 milhões).

A previsão para o encerramento do ano é que a produção chegue perto do patamar das 3 milhões de unidades. Porém, segundo Schneider, a marca não será atingida, pois faltam cerca de 50 dias para o início de 2008.

“Temos de incentivar os investimentos para ampliar a produção. Nos próximos dez meses as indústrias tomarão as decisões para aumentar a capacidade instalada”, avalia o presidente da Anfavea. Atualmente a indústria nacional tem capacidade para produzir 3,5 milhões de veículos.

Caminhões - Apesar do destaque dado aos automóveis, a produção de caminhões também surpreende o setor. Outubro fechou com a fabricação de 14.323 unidades, volume 54,4% superior ao mesmo mês de 2006. No acumulado, o crescimento chega a 29%, com 114.399 unidades.

“Batemos a marca de 1982, quando houve o pico do mercado de caminhões no Brasil”, diz Schneider sobre o recorde.

Empregos - A mão-de-obra adicional neste mês para atender as linhas de veículos e máquinas agrícolas foi de 1.455 pessoas em outubro. Hoje, as montadoras contam com o trabalho direto de 118.601 pessoas.



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