Supercurioso, o macaco-prego é considerado um dos primatas mais inteligentes das Américas. Passa a maior parte do dia procurando ferramentas - como pedras e galhos de árvore - para criar estratégias para conseguir alimento. Vive em regiões tropicais, entre florestas, cerrado, caatinga, mangue, entre outras.

O que habita a Serra da Boa Vista, no Piauí, chama a atenção de muitos pesquisadores. Eles perceberam que o macaco-prego de lá aprendeu sozinho a como tirar a semente de um coquinho de casca muito dura. O bicho espera o fruto secar e o leva a uma pedra bem grande e plana. Depois usa outra pedra menor e resistente, como se fosse martelo, para quebrar o coco e conseguir comê-lo.

A habilidade impressionou os estudiosos porque, até então, sabia-se que apenas gorilas, orangotangos, chimpanzés e bonobos (nenhum originário das Américas) tinham descoberto espontaneamente como usar ferramentas.

Na Mata Atlântica, ele também mostra característica especial. O grupo que habita o Parque Estadual Carlos Botelho, em São Paulo, tem ótimo senso de direção. É capaz de chegar a qualquer ponto da floresta sem usar rota fixa nem se perder. De forma natural, encontra a trilha mais fácil para ir onde deseja. Entre os primatas, isso era notado só no homem, orangotango e chimpanzé.

Apesar das diferenças, todo macaco-prego é onívoro, ou seja, come de tudo um pouquinho, como frutas, néctar, sementes, invertebrados e até pequenos vertebrados. Vive em grupos de 5 a 20 indivíduos e são liderados por um casal dominante. Para se comunicar, produzem diferentes sons.

Há várias espécies, que diferenciam-se pela cor, tufos de pelos na cabeça e formato do crânio. Os nomes estão relacionados às características físicas , sendo conhecidos por macaco-prego-de-peito-amarelo, macaco-prego-galego, o comum e macaco-prego-caiarara.