Cultura & Lazer Titulo Na contramão
Contramão é o caminho

Com show marcado para amanhã, Maglore
lança terceiro disco prezando pelo simples

Oscar Brandtneris
01/08/2015 | 07:00
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Divulgação


Quando falamos em pop, esquecemos que é possível balancear refrões marcantes e fáceis de viciar com texturas sonoras diferentes, poesia e personalidade. A Maglore, banda da Bahia, chega com disco mostrando qual a receita de como se dança diferente, mas sem perder a força de música simples e direta. O grupo lança o CD amanhã, às 19h, no Auditório do Ibirapuera (Av. Pedro Alvares Cabral. Tel.: 3629-1075). Os ingressos custam R$ 10 e R$ 20 e podem ser comprados no www.ingressorapido.com.br.

O título da obra é III (Deck, R$ 24,90, em média), por ser o terceiro trabalho da banda e pelo fato de agora formarem um trio – antes, eram quatro integrantes. Até a tal mudança na formação serviu como exercício de minimalismo, ‘forçando’ os artistas a diminuirem as notas e a optarem pelo simples para passar suas mensagens. “Trio é mais nu. Pensamos em completar os espaços sem enrolação, em tocar menos e, por ser um desafio, virou diversão. Somos um trio desde 2013, então, os quase dois anos de estrada deram algum respaldo para chegarmos mais seguros para o disco”, diz Teago Oliveira, vocalista e guitarrista. A Maglore também tem Felipe Dieder (bateria e percussão) e Rodrigo Damati (voz e contrabaixo).

Em mainstream com sonoridades engessadas, a banda segue na contramão: gravou ao vivo dentro do estúdio e com rolos de fita. Ao invés da perfeição e de reparar em possíveis erros humanos foi levado em conta a beleza individual de cada take para escolher os que entrariam no disco. “Enxergamos a gravação como uma fotografia analógica: deixamos a coisa acontecer e escolhemos a foto mais natural e bonita”, comenta Oliveira.

No geral, as letras são simples, mas alçam voo por meio de linguagem não tão convencional ou clichê. Das 11 faixas, destaca-se Se Você Fosse Minha. Música sem refrão, com a mesma métrica em todos os versos, mas que arrisca sinceridade e desprendimento ao tratar de relacionamento. Também se sobressai Café Com Pão, exaltando o cotidiano que pode virar poesia e arte. “Uma canção escrita com verdade e serenidade é quase sempre uma grande canção, ainda que com um tema fictício. E também cumpre o papel de interagir nas relações humanas, fazer gente rir, chorar, se emocionar. Música serve para isso”, completa.




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