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Sto.André vence e está pronto para deslanchar
Divanei Guazzelli
Enviado especial a Jundiaí
15/02/2001 | 00:19
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No duelo dos técnicos que mais venceram o acesso na história do Futebol Paulista, Vágner Benazzi levou a melhor sobre Luiz Carlos Ferreira. A vitória do Santo André por 1 a 0, quinta à noite no estádio Jaime Cintra em Jundiaí, pode ter sido o combustível que faltava para a equipe deslanchar na Série A-2 do Campeonato Paulista. Tão importante quanto os três pontos foi a maneira inteligente como o time do Grande ABC se portou em campo, alternando situações táticas, mas praticamente sem perder o controle do jogo.

O começo do jogo entre o Santo André e o Etti Jundiaí comprovou o excessivo respeito entre as duas equipes consideradas as favoritas ao acesso. O jogo se desenvolveu inicialmente bastante concentrado no meio-campo, no qual o Santo André exercia forte marcação, às vezes até com cinco jogadores. A equipe do Grande ABC também não dava folga para saída de bola do Etti, com Jajá e Moreno pressionando os zagueiros Índio e Cláudio, e tinham dificuldades de sair para o jogo.

A tática deu certo, pois, aos 17 minutos, numa falha individual de Índio na grande área, o goleiro Artur foi obrigado a sair desesperadamente sobre Edson Pezinho, cometendo pênalti. Jajá converteu no canto direito, enquanto Artur arriscou o esquerdo.

O Etti sentiu o golpe, tanto que, aos 21, em cobrança de falta, Adeílson chutou rente à trave direita, por pouco não ampliando a contagem. Além de o Santo André estar mais seguro em campo, os atacantes do time de Jundiaí se atrapalhavam na hora das sinalizações, quase sempre com chute sem direção ou em cima dos zagueiros.

De nada adiantava a habilidade dos meias Nenê e Marcinho, pois Fandick e mais ainda Sandro Sottili erravam lances infantis, o que levava os torcedores ao desespero.

O Santo André só correu riscos nos últimos quatro minutos, quando os meias Nenê e Marcinho, do Etti, encostaram nos atacantes e criaram nada menos do que quatro oportunidades. A principal, aos 45 minutos, quando Sottili quase sob o gol chutou por cima e causou a revolta dos torcedores que exigiram a sua saída.

No segundo tempo, o técnico Luiz Carlos Ferreira não atendeu o apelo da torcida e manteve Sottili em campo, mesmo depois de fazer as três alterações a que tinha direito. Bom para o Santo André, que continuou melhor posicionado em campo, com alguns jogadores que se sobressaíram, casos de Edson Pesinho, o principal organizador do meio-campo, e o atacante Jajá, que com deslocações às costas da zaga do Etti manteve a posse de bola do Santo André no ataque.

Benazi trocou Humberto por Sá de Santos, com evidente propósito de, diante do avanço do Etti, desgastar o adversário por causa do campo encharcado e, ao mesmo tempo, colocar um jogador descansado para aumentar a saída para o ataque. Mais uma vez ele se saiu bem, porque o Santo André conseguia espaços para sair em velocidade, além de criar contragolpes perigosos.

O Etti insistia nas bolsas alçadas ou então no excessivo individualismo de alguns de seus jogadores e, por isso, a partir dos 40 minutos a torcia perdeu a paciência ao gritar “olé” quando o Santo André dominava a bola e a vaiar os próprios jogadores do Etti. Foi como se ela reconhecesse a superioridade ostensiva e consciente do vencedor Santo André.




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