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Banho liberado nas
prainhas da Billings

A qualidade da água avaliada nas sete prainhas da represa
Billings pela Cetesb estão próprias para banho e recreação

Por Angela Martins
Do Diário do Grande ABC
31/12/2011 | 07:50
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As sete prainhas da represa Billings monitoradas pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo estão próprias para banho, segundo boletim divulgado pelo órgão estadual. Apenas no dia 9 de dezembro, a praia localizada no píer do Instituto de Engenharia apresentou contaminação por algas. Na última medição, porém, a situação se estabilizou. A expectativa do Corpo de Bombeiros é que até 20 mil pessoas por dia procurem as águas do reservatório para recreação neste verão.

Em novembro houve três bandeiras impróprias: uma na prainha do Parque Municipal e duas na prainha em frente à ETE. Em todas as ocasiões havia presença de coliformes fecais na água. Nos três primeiros meses do ano, foram 11 notificações de praia imprópria.

Segundo a bióloga do setor de Águas Superficiais da Cetesb, Karla Cristiane Pinto, a classificação imprópria se dá quando há contaminação fecal por bactérias interococos nas praias litorâneas e por e-coli nas represas. "Uma vez por semana coletamos amostras e o boletim sobre a qualidade das praias pode ser consultado no site da Cetesb todas as quartas-feiras para o litoral e sextas-feiras para reservatórios."

A contaminação acontece, principalmente, pelo descarte de esgoto doméstico sem tratamento na água, geralmente por ligações clandestinas. Na alta temporada e dias de chuva intensa a situação piora, já que temporais agitam o leito da represa e trazem os dejetos para a superfície.

Os feriados de Ano Novo e Carnaval são apontados como os mais problemáticos pela Cetesb. A companhia reforça que nos locais destinados à recreação não há captação de água para uso da população e, portanto, não há perigo de contaminação.

 

SAÚDE

Nadar em águas impróprias pode trazer problemas para a saúde. Contaminação por fungos e bactérias causam micoses de pele. "Entre os dedos surgem frieiras e nas plantas dos pés, descamação", aponta o dermatologista Jefferson Alfredo de Barros. Cremes e loções resolvem os problemas.

A contaminação por bactérias é mais difícil de curar. "A bactéria se aloja quando há um arranhão na pele ou ferimento. A característica é a formação de pus no local".

Para o organismo, o risco é contrair hepatites, diarréia e infecções intestinais. "A pessoa também fica suscetível a doenças mais graves, como a leptospirose, que pode levar à morte", afirma o infectologista Munir Akar Ayub. A dica é evitar contato da água com os olhos e não ingerir alimentos que podem ter sido contaminados.

 

Obras no Riacho Grande terão R$ 5,3 mi

 

Iniciadas em junho deste ano, com previsão de conclusão em oito meses, as obras de requalificação urbana na Prainha do Riacho Grande, promovidas pela Prefeitura de São Bernardo, devem consumir R$ 5,3 milhões. Hoje, admite a administração, o local está deteriorado.

A oferta turística é pobre, deficitária, sem planejamento, desestruturada e predatória, o que desencadeou a necessidade de ações para o desenvolvimento do potencial turístico. Segundo a Prefeitura, é preciso implantar equipamentos de atendimento e apoio ao turista, além da requalificação urbanística e paisagística de toda a orla, incluindo a construção de passeio público e mobiliário urbano.

O projeto prevê melhorias nas instalações existentes, revitalização de espaços atualmente degradados, criação de estruturas turísticas, passeios públicos, acessibilidade e paisagismo, implantação de comunicação visual, melhoria dos píers e da iluminação, microdrenagem superficial, remanejamento e instalação de redes de água e esgoto, além da criação de Centro de Informações Turísticas.

Atualmente há nove estabelecimentos comerciais na orla, além dos traillers de alimentação. Para evitar a contaminação das águas por parte dos turistas e comerciantes, a fiscalização é feita pela Guarda Civil Municipal Ambiental.

Para os frequentadores da prainha, o lixo é o principal problema. "Está muito suja. Se fosse mais limpa, atrairia mais gente", opina a estudante Cinéia Assis, 18 anos. O casal Kelly e Cleidson Henrique, levaram as filhas Bruna, 10, e Glenda, 8, para curtir o dia de sol e também reclamaram da sujeira. "Os banhistas não tem educação."

Não há lixeiras ou banheiros químicos à disposição. Segundo o comerciante José Sales, 49, que trabalha há 20 anos no local vendendo lanches, o movimento caiu muito nos últimos anos. "A Prefeitura abandonou e os frequentadores ficaram escassos. Esperamos que com as obras as coisas melhorem."

 

Bombeiros e polícia fazem Operação Verão na represa

 

A represa Billings ampliou o contingente de bombeiros e policiais militares para ajudar na prevenção de acidentes e outros incidentes. A Operação Verão, tradicional no Litoral, conta com 130 homens, 80 de batalhões locais e 50 emprestados da Grande São Paulo, para trabalhar na região do reservatório até 31 de janeiro.

Haverá patrulhamento preventivo, além da presença de salva-vidas e apoio de barcos, botes, bóias e até helicópteros da corporação.

Todo o esforço estará concentrado nos dois pontos onde os bombeiros recomendam o banho aos veranistas: Estoril e Prainha, ambos em São Bernardo.




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